Nas Notícias

Roteiro elege a próxima década como decisiva para neutralidade carbónica em Portugal

A próxima década será decisiva para Portugal ser neutro nas emissões carbónicas, com mais setores da economia a virarem-se para a eletricidade produzida a partir de fontes renováveis, defende o Governo num roteiro que será hoje apresentado.

A principal meta do Roteiro para a Neutralidade Carbónica é praticamente acabar com as emissões de gases de estufa em 45 anos, com uma redução de 85 por cento a 99 por cento entre 2005 e 2050 que vai exigir “uma transformação profunda do modelo económico e social”.

Já para 2030, pretende-se que 80 por cento da energia produzida venham de fontes renováveis, chegando aos 100 por cento progressivamente vinte anos mais tarde, de acordo com dados do Ministério do Ambiente.

É entre 2020 e 2030 que se “deverá verificar uma redução de emissões mais significativa”, defende-se no documento, que será hoje de manhã apresentado pelos ministros do Ambiente e da Economia na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Do total da eletricidade produzida, um quarto terá de vir da energia solar e 65 por cento do consumo final de energia na economia portuguesa deverão ser elétricos.

A indústria deverá reduzir 70 por cento das suas emissões atuais até 2050.

Para os resíduos urbanos, o objetivo é reduzi-los em 25 por cento até 2050.

Já em 2035, os resíduos urbanos que acabam em aterros deverão ser apenas 10 por cento do total, menos 82 por cento do que acontece hoje.

Atingir as metas do roteiro vai também envolver setores como os transportes, a gestão de florestas e a agricultura, com mais produção biológica, redução do uso de fertilizantes e emissões provocadas pelos efluentes animais da pecuária.

Em destaque

Subir