Cultura

Rita Pereira, Cláudia Vieira e Vanessa Oliveira embaixadoras do Amazonia Live

Apresentacao das embaixadoras do projeto Amazonia Live Rock in Rio, Claudia Vieira, Rita Pereira e Vanessa Oliveira em Lisboa, Portugal a 13 de Abril de 2016. Foto: AgenciaZero.net

Apresentacao das embaixadoras do projeto Amazonia Live Rock in Rio, Claudia Vieira, Rita Pereira e Vanessa Oliveira em Lisboa, Portugal a 13 de Abril de 2016. Foto: AgenciaZero.net

O projeto social – o primeiro do Rock in Rio de âmbito global – tem como objetivo plantar três milhões de árvores no pulmão do mundo, a Amazónia, apelando também à adesão dos portugueses que poderão contribuir com os seus donativos em amazonialive.com.

Os três rostos da televisão portuguesa aceitaram o desafio do Rock in Rio e são as embaixadoras do projeto Amazonia Live.

Acaba de ser apresentado em Lisboa o Amazonia Live – o primeiro projeto social do Rock in Rio de âmbito global. Ao lado de Roberta Medina, vice-presidente executiva do Rock in Rio, as embaixadoras Rita Pereira, Cláudia Vieira e Vanessa Oliveira falaram sobre o seu envolvimento na causa e das suas preocupações para com o ambiente.

Atendendo ao problema efetivo das alterações climáticas e ao impacto ambiental que a floresta amazónica tem em todo o mundo, as três personalidades abraçaram esta causa e vão, também elas, contribuir para a reflorestação da Amazónia, desafiando pelo caminho outras figuras públicas, amigos, familiares e fãs a juntarem-se a si na angariação de árvores a plantar, sensibilizando os portugueses para que cada um seja agente ativo, através das redes sociais, no combate às alterações climáticas através da sua própria mudança de comportamento.

Já foram conhecidos os primeiros nomes desafiados pelas embaixadoras, entre eles estão João Manzarra, Diogo Morgado, Fernanda Serrano e Sílvia Alberto. Estas personalidades vão receber, como ato simbólico, uma planta que deverão cuidar até  ao momento em que for plantada.

Através do Amazonia Live, o Rock in Rio vai plantar um milhão de árvores na Amazónia. O Banco Mundial já reconheceu a importância global deste projeto e doou mais 1 milhão de árvores, e 100 mil árvores foram igualmente doadas por uma universidade brasileira que se associou ao projeto aquando do seu lançamento no Brasil, na semana passada. Ao dia de hoje, já foram alcançadas 2,1 milhões de árvores.

O objetivo é, agora, chegar aos três milhões de árvores e, para tal, o Amazonia Live conta com o apoio de vários países, incluindo de todos os portugueses! Neste sentido, arrancou hoje a campanha de doações através desta plataforma ou do site oficial. Com menos de um euro, os portugueses poderão contribuir com uma árvore, ajudando a aumentar a área reflorestada da Amazónia.

O projeto ficará, ainda, marcado por uma campanha publicitária protagonizada pelo ator Marcos Palmeira (alertando para a importância do consumo consciente dos recursos naturais do planeta) e por um concerto único no Rio Negro, em Manaus, dia 27 de agosto. Neste dia, o tenor lírico Plácido Domingo, o tenor Saulo Lucas e Ivete Sangalo vão subir a um palco flutuante, criado especificamente para este espetáculo, fazendo-se acompanhar pela Orquestra Sinfónica do Brasil. O espetáculo poderá ser visto em todo o mundo, através da transmissão live streaming.

Amazonia Live – o projeto

A região da Amazónia é estratégica, já que abriga a mais importante reserva de biodiversidade do mundo, tendo um papel fundamental na redução do impacto do aquecimento global. O projeto Amazónia Live vai restaurar as áreas desflorestadas nas cabeceiras e nas nascentes do Rio Xingu, um dos mais importantes afluentes do rio Amazonas.

Pela influência que a região da Amazónia tem no equilíbrio climático do planeta, e sendo uma campanha que visa mobilizar a população para um problema global, a organização ambiental Quercus abraçou este projeto e será, em Portugal, um dos elementos mobilizadores, tendo a responsabilidade da validação técnica do processo.

O impacto da desflorestação da Amazónia afeta a vida da população mundial

A Amazónia – “o pulmão do mundo” – desempenha um papel crucial no ciclo de carbono global que ajuda a dar forma ao clima mundial.

Cerca de 200 mil milhões de toneladas de carbono estão contidos na vegetação tropical do mundo inteiro, dos quais se estima que cerca de 70 por cento esteja apenas na Amazónia.

Sem ela, a capacidade de retirar o dióxido de carbono atmosférico concentrar-se-ia unicamente no oceano, pondo em risco a vida de diversas espécies de animais, que correriam o risco de se extinguir devido ao aumento da temperatura da Terra.

Um dos graves efeitos mundiais da desflorestação é, sem dúvida, a diminuição da biodiversidade global, mas também a contribuição para o aquecimento global. Hoje, um terço da população mundial não tem acesso a água potável e, se a temperatura global aumentar 2,5°C acima dos níveis pré-industriais, este número pode duplicar.

Os índices de desflorestação a um ritmo muito acelerado causam a conversão de mais carbono em dióxido de carbono, seja quando as árvores são queimadas ou mais lentamente pela decomposição de madeiras não queimadas. Estima-se que apenas a destruição da floresta tropical mundial poderá, nos próximos quatro anos, libertar mais carbono para a atmosfera do que todos os voos desde o nascimento da aviação até 2025.

As alterações climáticas têm vindo a potenciar mais riscos do que nunca em termos de crises de água, escassez de alimentos, crescimento económico restrito, coesão social mais fraca e aumento dos riscos que afetam a segurança. E, como a atmosfera não tem fronteiras, estima-se que cerca de 90 por cento de todas as catástrofes naturais registadas na Europa, desde 1980, tenham sido causadas direta ou indiretamente pelas alterações climáticas.

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