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Risco de pobreza aumenta 2,3 por cento para a população desempregada em Portugal

pobrezaO aumento do desemprego fez subir o risco das pessoas passarem para uma situação de pobreza. Os dados de 2011, hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, demonstram ainda uma subida da taxa de intensidade da pobreza em conjunto com a descida do limiar.

A crise e o aumento do desemprego estão a ter reflexos nos índices de pobreza em Portugal, como comprovam os dados relativos ao ano de 2011, hoje apresentados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). De acordo com o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, hoje divulgado pelo INE, a taxa de pobreza em Portugal foi de 17,9 por cento.

Cerca de 18 por cento da população residente em Portugal estava no limiar da pobreza, um indicador baseado na mediana de distribuição dos rendimentos e que funciona como um valor de referência: o limiar desceu dos 5046  para  os 4994 euros anuais. Quanto menor for o rendimento, mais perto se fica da situação de pobreza e, em 2011, esse índice caiu um por cento, baixando dos 421 para os 416 euros de rendimento mensal.

A taxa de intensidade, índice que mede a insuficiência de recursos da população em risco de pobreza, subiu 1,5 por cento e foi de 24,7 por cento em 2011.

A taxa de risco de pobreza das famílias com crianças dependentes subiu 2,5 por cento, ficando nos 20,4 por cento.

A taxa de risco de pobreza para a população em situação de desemprego aumentou 2,3 por cento, passando a ser de 38,3 por cento. Já a proporção dos apoios sociais na redução da taxa de risco caiu 0,1 por cento.

O INE revela ainda que, enquanto há mais gente próxima de ser ‘oficialmente’ pobre, os ricos têm cada vez mais reservas. O coeficiente de Gini, índice que mede o distanciamento entre os mais ricos e os mais pobres, subiu para os 34,5 por cento, dos dos 34,2 de 2010 e dos 33,7 por cento registados em 2009.

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