Nas Notícias

Risco de cancro da pele é agravado para pilotos e tripulantes de aviões

klmUm estudo realizado nos EUA demonstrou que quem trabalha mais alto, nomeadamente em aviões, tem um risco agravado de contrair cancro da pele. Os pilotos e a tripulação de cabine têm uma incidência de melanoma superior ao dobro da taxa média.

A proximidade ao Sol tem um custo. Os pilotos áereos e a tripulação de cabine têm maiores hipóteses de virem a sofrer de cancro da pele, uma vez que estão mais expostos aos raios ultravioleta.

A conclusão foi registada durante uma investigação conduzida na Universidade da Califórnia, em São Francisco (EUA), envolvendo dados de 19 estudos anteriormente realizados. Ao todo, estão compilados os dados referentes a mais de 266 mil pessoas.

De acordo com os investigadores, os pilotos e as tripulações de aviões têm uma taxa de incidência de melanoma que supera o dobro do normal. Nos pilotos atinge os 2.22 e nos assistentes de bordo chega aos 2.09.

O agravamento do risco aumenta com a altitude. A partir dos 30 mil pés (9000 metros), o corredor aéreo mais utilizado pela aviação comercial, os raios ultravioletas têm uma incidência cancerígena superior em duas vezes.

Os raios atravessam a fuselagem, mas beneficiam sobretudo das janelas para chegar ao interior dos aviões, como referiu a coordenadora do estudo, Martina Sanlorenzo.

A investigadora revelou ainda que a taxa de incidência é agravada quando os aviões passam por camadas densas de nuvens, que podem chegar a reflectir 85 por cento dos raios ultravioletas.

A investigação, cujo resumo foi publicado na revista Journal of the American Medical Association, aponta as conclusões como tendo “importantes implicações para a Medicina do Trabalho e para a proteção desse grupo profissional”, embora Sanlorenzo saliente que este risco agravado de cancro ainda não está reconhecido ao nível da segurança e higiene no trabalho.

Em destaque

Subir