Categorias: Nas Notícias

Rio e Cristas evitaram confronto, concordaram e divergiram pouco

O duelo televisivo da direita para as legislativas, hoje à noite, entre os líderes do PSD e do CDS, decorreu em tom cordato, sem críticas diretas, mas mostrou diferenças quanto ao PS e na regionalização.

Durante cerca de 36 minutos, na SIC, Rui Rio (PSD) e Assunção Cristas (CDS) evitaram o confronto direto num debate em que o líder social-democrata desdramatizou o facto de os dois partidos concorrerem às legislativas de 06 de outubro.

“O normal é os partidos irem separados. Ganhávamos qualquer coisinha [em coligação] no método de Hondt, ganhávamos dois ou três deputados. Assim marcamos a nossa identidade, não há problema nenhum”, disse Rio nos minutos iniciais do debate, moderado por Clara de Sousa, que não respondeu, antes sorriu, às “picardias” feitas pelo CDS nos últimos anos e recordadas pela jornalista.

Assunção Cristas optou por outro registo, numa aparente indireta ao PSD, afirmou que o seu partido “fez o seu melhor nestes quatro anos para ser uma oposição muito firme” à “governação das esquerdas” ou quando disse que o seu partido é “o único que diz com clareza” que não fará “nenhum acordo estável com o PS”.

Embora, ao mesmo tempo, também tenha recordado os entendimentos passados do CDS com o PSD, no tempo de Sá Carneiro e Amaro da Costa, Durão Barroso e Pedro Passos Coelho com Paulo Portas.

Rui Rio admitiu as diferenças de estratégia dos dois partidos, mas defendeu os acordos que fez, desde que chegou à liderança, com o Governo do PS, de António Costa.

“Os portugueses valorizam”, disse, a posição de um líder político que faz acordo em vez de ter uma “postura de estar permanentemente contra”, como descreveu ter feito em 2018.

Mas em 2019, ano de eleições (europeias, regionais na Madeira e legislativas), o tempo é de “mostrar as diferenças”, afirmou o presidente dos sociais-democratas.

Outro ponto de diferença claro entre os dois líderes foi quanto à regionalização.

Assunção Cristas insistiu no “não” do CDS à opção de regionalizar, pelo que significa de “mais burocracia, mais cargos políticos”.

Já Rui Rio recordou ter votado contra as regiões, no referendo de 1998, voltaria a fazê-lo se fosse hoje, mas admitiu ter outra posição, a favor, se o projeto previsse que uma redução da despesa publica.

Lusa

Partilhar
Publicado por
Lusa

Artigos relacionados

Números do Euromilhões de hoje: Chave de sexta-feira, 10 de maio de 2024

Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 10 de…

há % dias

Emprego atinge máximo histórico em Portugal apesar do aumento na taxa de desemprego

A Randstad Portugal acaba de publicar a sua análise aos resultados do Inquérito ao Emprego…

há % dias

Euro Dreams resultados: Chave do EuroDreams de quinta-feira

Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…

há % dias

10 de maio, começa a Bücherverbrennung, a queima de livros nazi

A Bücherverbrennung, que em português significa “queima de livros”, começou a 10 de maio de…

há % dias

Mais de metade dos portugueses não sabe qual é o valor normal de Índice de Massa Corporal

A Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) está a divulgar os resultados do estudo “Os portugueses…

há % dias

9 de maio, é apresentada ‘Declaração de Schuman’, génese da União Europeia

Nove de maio é dia da Europa, que em 1950 conhece a ‘Declaração de Schuman’, documento…

há % dias