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Rio considera que taxa de crescimento “anémica” não permite ‘superavit’ orçamental

O presidente do PSD, Rui Rio, considerou hoje que a taxa de crescimento atual, que classificou de “anémica”, não permite trabalhar para o ‘superavit’ orçamental que defende, mas escusou-se a comentar as declarações da ex-líder Manuela Ferreira Leite.

Questionado à entrada para um almoço no American Club, em Lisboa, sobre as declarações da antiga ministra das Finanças à TSF – que defendeu uma política orçamental mais flexível para o país e classificou de “loucura” a procura pelo ‘superavit’ – Rui Rio disse não as ter ouvido e que, portanto, não as iria comentar, limitando-se a reiterar as suas posições.

“Aquilo que tenho dito é que é vital para Portugal reduzir a dívida pública: a dívida pode ser reduzida de duas formas, uma é em termos relativos ao produto – que tem acontecido – outra é o valor absoluto, que tem aumentado. E para não aumentar não pode haver défice público”, defendeu.

O líder do PSD salientou que só com uma “taxa de crescimento económico razoável” é que o país pode tentar ter um ‘superavit’ orçamental.

“Se for anémico é muito mais difícil porque esse ‘superavit’ pode vir a travar o crescimento económico”, apontou, lamentando que Portugal não tenha tido crescimentos que o permitam desde que entrou para a moeda única.

Questionado se seria nesta altura “virtuoso” ter um défice mais alto, Rio não respondeu diretamente.

“A taxa de crescimento que existe é muito anémica, não permite o ‘superavit’ que eu digo. Relativamente ao défice, o que está mais em causa é a forma de não gestão da despesa pública, do desperdício. E é por aí que devemos conseguir melhorar os serviços”, defendeu.

O presidente do PSD acrescentou que a prioridade, se se conseguirem melhores taxas de crescimento, deve ser “fazer um esforço de redução da carga fiscal”, que já está “no limite”.

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