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Rio alerta que englobamento afetaria taxa de poupança, Costa afasta tema do próximo OE

O presidente do PSD alertou hoje que um eventual englobamento de todos os rendimentos no IRS afetaria a “já miserável” taxa de poupança, com António Costa a reiterar que o tema não deverá constar do próximo Orçamento do Estado.

“Portugal não precisa de mais impostos, Portugal precisa de menos impostos, também aqui na questão do englobamento estamos a falar de mais ou menos impostos”, afirmou Rui Rio, no debate quinzenal com o primeiro-ministro, no parlamento, defendendo que “em Portugal ninguém vive de rendimentos de capital”, provocado protestos nas bancadas mais à esquerda.

O líder do PSD centrou toda a sua intervenção em política fiscal, desafiando ainda António Costa – como fez repetidamente na campanha eleitoral – a excluir a possibilidade de repor o imposto sucessório, que terminou em 2004.

Na resposta, o primeiro-ministro acusou Rio de ter uma “vontade imensa de ter discussões fora de tempo” e referiu que a reposição do imposto sucessório foi ponderada há quatro anos pelo PS, mas afastada após negociações com PCP, BE e Verdes, e nem sequer constou das propostas socialistas às legislativas deste ano.

Quanto ao englobamento de todos os rendimentos em sede de IRS, que tem sido defendido pelos partidos mais à esquerda, Costa pediu ao presidente e líder parlamentar do PSD para não “criar papões”.

“O senhor deputado que foi eleito para um mandato de quatro anos, se alguma vez chegarmos a discutir o englobamento ainda cá estará para termos essa discussão em devido tempo. Tenho quase por certo que não teremos essa discussão no Orçamento para 2020”, afirmou, reiterando uma posição que já tinha manifestado no último debate quinzenal em resposta ao deputado único da Iniciativa Liberal.

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