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Rio acusa Costa de ter Governo “maior e mais caro” de sempre, PM aconselha-o a preocupar-se com o PSD

O presidente do PSD acusou hoje o primeiro-ministro de ter “o maior e mais caro” Governo de sempre, com António Costa a comparar Rui Rio a um comentador televisivo e a aconselhá-lo a preocupar-se mais com o seu partido.

Na sua primeira intervenção na Assembleia da República desde que foi eleito – e 18 anos depois de ter deixado o parlamento em 2001 para assumir a presidência da Câmara Municipal do Porto -, Rui Rio fez o primeiro pedido de esclarecimento ao primeiro-ministro, depois de António Costa ter apresentado o programa do XXII Governo Constitucional.

“Pode fazer o Governo que quer, agora fica com um recorde nacional que nunca gostaria de ter tido – o maior e mais caro governo da história toda de Portugal”, criticou Rio, estimando que este executivo custe mais 50 milhões de euros aos contribuintes.

O líder do PSD ironizou que, depois de se ter dito que talvez fosse necessário um carpinteiro para abrir um nova porta para o deputado do Chega, talvez este fosse mais útil “para ajustar a bancada do Governo”, prevendo igualmente dúvidas na articulação futura de várias secretarias de Estado.

O primeiro-ministro foi duro na resposta, recorrendo à ironia: “Percebo melhor porque é que disse que este é um lugar que não lhe agrada, porque ficou muito manifesto na ordem de prioridades das suas preocupações que está aqui a fazer um estágio para vir a ser comentador televisivo”, acusou.

“Eu tenho a certeza que, se o PSD assim lhe permitir um dia – não sabemos quando – teremos oportunidade de ver o Governo que formaria. Até lá, cada um deve preocupar-se com o que lhe compete, eu preocupo-me como a organização do Governo e promoções e despromoções. Preocupe-se com o tamanho mais reduzido do seu grupo parlamentar e as despromoções que porventura ocorrerão muito brevemente na sua vida”, aconselhou, numa referência às eleições internas do PSD em Janeiro

Rio tinha questionado Costa também sobre uma eventual despromoção do ministro das Finanças, Mário Centeno, que nem falará no debate, e numa promoção do secretário de Estado Adjunto João Galamba, avisando que o PSD irá querer mais esclarecimentos sobre a exploração de lítio.

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