A auditora do banco Haitong corrigiu os “erros” contabilísticos nas contas de 2015, quando o ex-BES Investimento era presidido por José Maria Ricciardi, e calculou que o prejuízo é quase o triplo do então apontado pela KPMG, a entidade que auditava as contas nessa época.
O problema está nas “imparidades”, explica o Jornal de Negócios.
Em termos mais simples, a imparidade ocorre quando o valor do ativo fica inferior ao indicado pela contabilidade sem que tal decorra da desvalorização desse ativo.
Quando a KPMG auditou as contas do Haitong (o banco que sucedeu ao BES Investimento) referentes a 2015, ano em que o presidente era José Maria Ricciardi, avaliou os prejuízos em 35,4 milhões de euros.
Para essa descida face aos 138,5 milhões contabilizados no exercício anterior, pesou – e muito – uma queda de 84 por cento no campo contabilístico referente às imparidades e provisões.
Só que a nova administração do banco entregou a auditoria à Delloite, que reabriu as contas de 2015 para “correção de erros”.
A nova análise às contas refere que os prejuízos terão sido de 98,3 milhões de euros e não de 35,4 milhões, como fora reportado pela KPMG.
De acordo com o Negócios, quer Ricciardi (atualmente, candidato à presidência do Sporting), quer a KPMG justificam essa diferença com a alteração no modelo de gestão do banco.
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