Ricardo Teodósio espera que a atual situação “passe rápido”
Ricardo Teodósio é um dos que espera pacientemente que as ‘coisas’ voltem ao normal e possa prosseguir a defesa do título de campeão nacional de ralis conquistado em 2019.
O piloto algarvio, em tempo de confinamento domiciliário, concedeu uma entrevista a Golo FM e a Vmotores conduzida pelo nosso colega Joaquim Amândio Santos, onde falou de como ocupa o tempo enquanto aguarda o fim do estado de emergência que vivemos e a possibilidade de voltar à competição.
Ricardo Teodósio tem procurado manter-se ocupado, mantendo também a forma física, apesar de não poder recorrer aos especialistas, como sucedida numa situação normal: “Tenho feito alguma ginástica em casa, com o que tenho aqui. Mas a minha mulher tem-me ajudado nesse aspeto, pois tem conhecimentos na área e tem dirigido os meus treinos. Não são muito longos mas são ‘explosivos’. Sinto-me um pouco durido, mas temos de nos manter em linha”.
“Todos nós somos um bom ‘garfo’, eu gosto muito de comer, ainda para mais quando a minha mulher cozinha tão bem, tal como a minha mãe. Mas vamos tentando manter o nosso regime alimentar, para ver se não ganhamos volume, não ficamos redondos (risos). Mas tem de ser assim em casa, de castigo, mas por uma boa razão, para que não se propague mais o vírus”, sublinha o titular do Skoda Fabia R5 # 24.
Obviamente que a situação que se vive atualmente está a atrasar o retomar da temporada, onde apenas se cumpriu o Rali Serras de Fafe e Felgueiras, sendo que a entidade federativa espera ainda poder retomar a competição este ano, se possível no Verão.
Teodósio quer acreditar que a atual situação não se vai prolongar por muito tempo: “Espero que isto passe rápido, para que possamos voltar a andar no nosso Skoda, de modo a que possa ir fazer o Rali dos Açores ou outro qualquer o mais breve possível. Na equipa vamos mantendo-nos informados”.
“O desporto motorizado é o nosso desporto, mas antes dele está a nossa vida pessoal. E temos o nosso restaurante fechado, mandamos os nossos 57 empregados para casa, com as condições do Estado a que vamos ter de recorrer, pois é impossível pagar-lhes se não trabalharmos. Seria bom que assim não fosse necessário”, admite o algarvio.
Para Ricardo Teodósio a possibilidade de prolongar pelo próximo ano tem aspetos positivos, mas também o reverso da ‘medalha’: “Acho que sim, pois gosto de corridas e de cumprir o nosso papel, mas temo que isso vá atrapalhar a angariação dos nossos patrocínios”.
“Por o projeto em pé num curto espaço de tempo fica complicado, para mim e para todas as equipas. Isso é o único senão. Porque prolongares o campeonato até 2021 também faz com que o campeonato seguinte comece a meio do ano e termine no ano seguinte. O único senão só é esse”, remata.