Ricardo Porém enfrenta um novo desafio no Rali Dakar 2020, integrando pela primeira vez o projeto Borgward. Uma marca chinesa até desconhecida entre nós, mas que agora estará mais no centro das atenções.
Para o ex-campeão nacional de todo-o-terreno foi irresistível o convite endereçado por Nani Roma para integrar este novo projeto, ainda que a preparação tivesse obrigado a muita entrega por parte do piloto de Leiria.
“A viabilização de um projeto desportivo requer sempre muito trabalho e dedicação. A parte mais difícil acaba por ser reunir o ‘budget’ necessário. No entanto quando é um projeto bem estruturado e válido como este, os nossos ‘sponsors’ entendem a qualidade e a aposta no mesmo”, explica Ricardo Porém.
O piloto leiriense, que enfrenta o ‘Dakar’ na companhia do seu irmão Manuel Porém, fez tudo para que nada falhasse no evento que a 5 de janeiro arranca na Arábia Saudita: “Correu dentro do delineado no início do projeto. Fizemos uma corrida para adaptação do caro (Baja Portalegre) onde conseguimos demonstrar grande adaptação ao carro e a sua performance (ganhámos uma especial) e temos treinado fisicamente para no início de Janeiro estarmos na melhor forma possível. Sentirmos-mos bem fisicamente e psicologicamente ajuda muito na superação dos desafios que vão aparecendo”.
O passado recente da prova na América do Sul deixou boas e más recordações para o piloto de Leiria. “Apenas fiz uma edição do Dakar na América do Sul (Peru), mas os fatores que mais destaco positivamente e negativamente são a grande presença de publico nas etapas e a monotonia das especiais, respetivamente”, observa.
Relativamente a objetivos no próximo Rali Dakar Ricardo Porém não tem dúvidas: “Aprender. Sendo o meu segundo Dakar não posso colocar objetivos a não ser aprender e adquirir experiência. Claro que damos sempre o nosso melhor todas as etapas, mas sempre com o objetivo de aprender”.
O único piloto português a competir de automóvel na prova ‘rainha’ do todo-o-terreno está ciente do que será mais importante na edição de 2020. “A navegação vai ser um fator crucial neste Dakar, não só pelas novas regras que estão a ser implementadas (Roadbook entregue 15m antes da partida) mas também por se tratar de um novo País onde a organização já fez conhecer que a navegação é muito exigente”, considera.
Para Ricardo Porém “o ritmo de corrida é importante, mas têm de estar sempre aliado a uma gestão de uma corrida com 13 dias de duração e 8.000 quilómetros”.
De resto o piloto de Leiria espera encontrar na Arábia Saudita um percurso mais diversificado, mas também mais exigente que a última edição. Vai continuar a ser um percurso com muito deserto e muita areia, mas isso faz parte do ‘espirito Dakar’”.
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