O ministro do Interior saudita negou hoje as alegadas ordens para matar o jornalista desaparecido Jamal Khashoggi, crítico do governo, afirmando que se tratam de “mentiras infundadas” dos órgãos de comunicação.
“O que tem circulado sobre ordens para matar [Jamal Khashoggi] são mentiras e alegações infundadas contra o Governo do Reino, que está comprometido com os seus princípios, regras e tradições, em conformidade com as leis e convenções internacionais”, disse o príncipe Abdel Aziz ben Saud ben Nayef, citado pela agência oficial SPA.
Jamal Khashoggi, jornalista crítico do poder saudita e colaborador do diário norte-americano The Washington Post, não deu mais sinais de vida desde que entrou, a 02 de outubro, no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, para tratar da documentação necessária para casar com a namorada, cidadã turca.
Investigadores turcos disseram a responsáveis norte-americanos que dispõem de gravações vídeo e áudio que comprovam que ele foi interrogado, torturado, assassinado e desmembrado no interior do edifício por uma equipa da segurança saudita.
“[Os sauditas] gastam 110 mil milhões de dólares em equipamentos militares e em coisas que criam emprego no país. Não gosto da ideia de pôr fim a um investimento de 110 mil milhões de dólares nos Estados Unidos”, resumiu o Presidente norte-americano, Donald Trump, na quinta-feira.
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