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“Revolta na PSP é grande”, avisa Paulo Rodrigues

A suspensão sem vencimento de dois agentes é usada como exemplo da “insatisfação enorme” entre os polícias.”Mais importante do que punir, a PSP deveria perceber o que leva as pessoas a ficarem revoltadas”, avisou Paulo Rodrigues.

O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASP) comentava assim a suspensão de dois agentes, por 90 dias e sem vencimento, devido a comentários no Facebook sobre um louvor atribuído por “serviços de construção civil”.

Os louvores perderam relevo ao nível das promoções internas, com a revisão dos estatutos em dezembro de 2015, mas ainda são encarados como um sinal de prestígio.

Só que um agente da esquadra da Bela Vista, no Porto, recebeu em 2014 um louvor por “serviços de construção civil”. Muitos colegas não gostaram e comentaram o caso nas redes sociais.

Agora, dois polícias foram comentados por causa desses comentários, ficando três meses sem receber.

“Mais importante do que punir, a PSP deveria perceber o que leva as pessoas a ficarem revoltadas”, contestou Paulo Rodrigues.

Citado pela Sábado, o sindicalista acusou a direção nacional da PSP de intolerância.

“Há muitos agentes desmotivados, há uma insatisfação enorme nesta profissão. Para alguns, as redes sociais é o único local que têm para se expressarem”, salientou.

Há polícias que se “esquecem” de que uma rede social é “um espaço público”, publicando alguns desabafos que os superiores podem considerar menos próprios. Mas, insistiu Paulo Rodrigues, tal não resolve o problema de fundo.

“O mais importante é perceber por que o nível de revolta é tão grande”, reforçou o dirigente da ASP.

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