Desporto

Revista de adeptas “incidiu sobre área genital” e foi “agressão sexual”, acusa Francisco J. Marques

A revista de adeptos portistas à entrada para o Estádio da Luz mereceu uma queixa do FC Porto nas instâncias desportivas e de alguns visados na polícia local. “A revista incidiu sobre a área genital, quer de adeptos quer de adeptas”, acusou Francisco J. Marques, na edição de ontem do programa Universo Porto da Bancada.

Alguns adeptos do FC Porto ficaram insatisfeitos pela forma como foi feita a revista, à entrada para o Estádio da Luz, onde se disputou o clássico com o Benfica.

O FC Porto avançou com uma queixa nas instâncias desportivas e cidadãos alegadamente visados nesta ação avançaram com procedimento idêntico, mas na PSP.

“Ao fazerem-nos a revista, as stewards tinham todo o intuito de nos humilharem. Elas foram agressivas. Mandaram-nos afastar as pernas e são completamente agressivas. Fizeram-no para magoar e não para revistar. Deram pancadas”, acusou uma adepta, num testemunho divulgado no programa Universo Porto da Bancada, no Porto Canal.

Outra adepta do FC Porto corrobora esta versão. Conta que ficou com o soutien à mostra e avisou a steward, que lhe terá dito “da próxima vez não o traga”.

“Tinha por perto um grupo de adeptos à minha beira que me viram a roupa interior. E alguns perguntaram à segurança se ‘vão despir a miúda?’”.

Ontem, mesmo programa, Francisco J. Marques foi mais longe e classificou o procedimento de “miserável”.

“A novidade, este ano, foi o facto de a revista ter incidido sobre a área genital, quer de adeptos quer de adeptas. Nós temos relatos – variadíssimos relatos – de adeptos que se queixam de agressão na área genital. Se a revista pretendesse averiguar da tentativa de introduzir no estádio artefactos de pirotecnia, pediam às pessoas para se descalçarem. Não pediram a ninguém para se descalçar. A revista não foi nada minuciosa. Foi baseada em agressão sexual. E isto é um comportamento miserável”, disse o diretor de Comunicação do FC Porto.

“Isto é de gente para quem vale tudo. Estas pessoas do Benfica, que eu não sei quem são, não representam nem o Benfica nem as pessoas que gostam de futebol”.

Francisco J. Marques acusa esses responsáveis de querer que “alguém perdesse a cabeça e tivesse uma reação intempestiva para culpar aqueles trogloditas do norte”.

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