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Reumatismo: Hospital da Póvoa de Varzim terá recusado medicação a uma doente

O Hospital da Póvoa de Varzim terá recusado a medicação a uma doente, segundo denuncia a Associação Nacional de Doentes com Artrite Reumatoide. A unidade explicou que o medicamento estará esgotado e terá sugerido a substituição por “fármacos semelhantes”.

O Hospital da Póvoa de Varzim terá recusado a medicação a uma doente com artrite reumatoide, que tomava o fármaco há sete meses. A denúncia partiu da Associação Nacional de Doentes com Artrite Reumatoide (ANDAR), entidade que alerta para esta prática recorrente na unidade poveira. O hospital explicou o sucedido com o esgotamento do medicamento na farmácia hospitalar, tendo sugerido à paciente a substituição “por fármacos semelhantes”.

Para a presidente da ANDAR, a recusa do hospital terá sido motivada por motivos economicistas. Arcisete Saraiva conta que terão dito à doente que o medicamento “que era muito caro, devolvendo-lhe a receita”. “Eticamente, um hospital não pode dizer a um doente que não lhe dá um medicamento porque é caro. Não podem estar acima da lei”, criticou a dirigente, recordando que os custos são suportados pela Administração Regional de Saúde e não pelo hospital.

O pior é que esta prática está a tornar-se recorrente e não apenas na Póvoa de Varzim. “Ultimamente, muitos hospitais têm negado medicação aos doentes”, reforçou Arcisete Saraiva, que quando toma conhecimento desta situação envia para o hospital o despacho oficial que confirma que estes doentes têm direito à medicação e dá conhecimento à tutela: “tenho muitas reclamações que tenho enviado para o secretário de Estado da Saúde”.

O Hospital da Póvoa de Varzim justificou o incidente com o esgotamento do fármaco, responsabilizando a nova ‘central de compras’ dos medicamentos. Recordando que 14 hospitais do Norte se juntaram para obter descontos nos fornecedores, o assessor de imprensa da unidade poveira admitiu que, no caso da artrite reumatoide, a escolha das comissões de farmácias da ‘central’ não incidiu sobre o medicamento solicitado pela doente.

António Barros acrescentou que o hospital terá contactado a autora da prescrição, do setor privado, para esta aceitar uma substituição “por medicamentos semelhantes, mas a médica mostrou-se irredutível e não autorizou a troca”. Quanto ao fármaco em falta na farmácia hospitalar poveira, o assessor garantiu que “vai estar disponível para a senhora nos próximos dias”.

Em Portugal estão diagnosticados cerca de 40 mil doentes com artrite reumatoide, uma doença inflamatória crónica que pode limitar os gestos diários, como abrir uma porta, agarrar uma caneta ou calçar uns sapatos.

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