A Itália não consegue libertar-se da pressão dos mercados e, com a Espanha anestesiada por um resgate não oficial (em teoria, trata-se duma capitalização da banca), a especulação regressou à ‘bota’. O Executivo liderado por Mário Monti realizou, hoje, um leilão para obter 4500 milhões de euros, mas o juro exigido pelos investidores ultrapassou os seis por cento.
A dívida colocada em leilão tinha três maturidades, com a de sete anos a registar uma taxa de 6,10 por cento (rendendo 627 milhões) e a de oito anos a terminar com 6,13 por cento (873 milhões de euros). A principal quantidade –3000 milhões de euros – foi a que teve uma taxa de juro mais sustentável: 5,30% para uma maturidade a três anos.
A subida das taxas agravou as preocupações do Governo italiano por estarem a formar uma tendência: ontem houve um leilão a 12 meses cujo juro exigido foi de 3,972%, subindo 1,7 por cento em relação ao leilão colocado um mês antes.
Os mercados secundários acompanharam a tendência de subida e, no prazo de referência de 10 anos, o juro cobrado encontrava-se nos 6,3 por cento. “O sentimento do mercado mantém-se frágil, em grande medida devido às preocupações políticas com a Grécia e à saúde do setor bancário espanhol”, explicaram, citados pela Reuteurs, os analistas do Citibank.
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