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Reposição dos feriados denuncia que Portas e Passos estão em rutura pré-eleitoral

passos coelho9 Para Passos Coelho, a reposição dos feriados está fora de questão. Para Paulo Portas, é ponto da agenda, em período pré-eleitoral. As cisões na coligação estão em ponto de ebulição, com sociais-democratas e centristas a mostrarem visões distintas.

O CDS-PP vai discutir, no próximo Conselho Nacional, a reposição dos feriados, que foram cortados, em nome do corte da despesa – numa das medidas mais impopulares do Governo de Passos Coelho.

E Paulo Portas colocou o assunto na agenda centrista (o primeiro capítulo é já no dia 13, data do Conselho Nacional do CDS, em Elvas), sem dialogar com o seu parceiro de coligação.

O PSD já reagiu à reposição dos feriados, quer por parte do líder parlamentar, que afastou essa medida, quer pelo próprio Passos Coelho, que coloca a temática dentro da esfera centrista, apenas, considerando-o um “assunto interno” do CDS.

“Não é uma questão que se coloque agora para o Governo. Os partidos têm a sua agenda, mas eu não quero, como primeiro-ministro, fazer comentários”, acrescentou Passos, durante uma visita à base naval do Alfeite.

Uma visão distinta sobre o mesmo tema não seria motivo para encontrar eventuais ruturas na coligação. Mas este não é o primeiro ponto de clivagem.

Desde a ‘irrevogável’ demissão às alegadas chantagens que Álvaro Santos Pereira deu nota, muita tinta correu, sobre as divergências entre PSD e CDS, ou entre Paulo Portas e Passos Coelho.

Pires de Lima, ministro da Economia, comentou ontem a reposição do feriado do 1.º de Dezembro e entendeu que essa matéria não merecia a sua “intromissão”. Mas não disfarçou o mal-estar que a pergunta provocou.

Se o CDS quer avançar o mais depressa possível com a promessa, numa altura em que as Legislativas já fervilham, já o PSD entende que é cedo para regressar ao passado recente, que o rigor obrigou a mudar.

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