Renault também aposta na redução da peugada ecológica na F1
Ao mesmo tempo que saúda os planos dos responsáveis pela Fórmula 1 (FOM) para reduzirem a peugada ecológica da disciplina, a Renault fez saber que anunciará brevemente as suas iniciativas nesse sentido.
Cada vez mais a descarbonização vem estando na ordem do dia na disciplina máxima do automobilismo, e se os atuais sistemas híbridos dos monolugares são já um começo, a ideia da F1 é ter uma competição totalmente ‘limpa’ de emissões em 2030.
Ontem a Liberty Media e a Federação Internacional do Automóvel desvendaram o seu plano para diminuir a peugada ecológica dos Grandes Prémios, de modo acompanhar aquilo que a indústria automóvel está já a fazer.
Para além da otimização da logística da F1, a ideia é que as fábricas das equipas funcionem totalmente com energias 100% renováveis, sendo que numa primeira fase o objetivo será equilibrar a utilização de carbono e eliminar o uso de plásticos não reciclável.
A Renault saúda estas medidas, tendo o seu responsável para Fórmula 1 considerado que o atual cenário não se pode manter por muito mais tempo: “Estas propostas mostram que a F1 não está isolada, que está sensível no mundo em que se insere”.
“O nosso desporto não se pode permitir a ter apenas um discurso em matéria de comunicação de imagem mas também de ação. Isto deve implicar todas as partes envolvidas e não apenas a FOM ou os promotores dos Grandes Prémios, mas também as equipas, as fábricas e a logística. Toda a gente deve contribuir: É uma necessidade”, reitera Cyrl Abiteboul.
O francês diz que a Liberty fez uma comunicação importante, “pois ela não se contenta apenas em dizer que os motores devem ser menos poluentes localmente. É o conjunto da disciplina que é preciso descarbonizar. Da mesma maneira toda a indústria tem de descarbonizar. É esse o objetivo. E para isso é preciso tempo”.
Abiteboul refere que a Renault tem em marcha o seu programa para redução de CO2: “Para ser totalmente transparente, há duas demandas paralelas; a da Liberty e a nossa. Analisamos esta situação e a necessidade de ter uma resposta muito concreta e estruturada. Elaboramos um plano com medidas tangíveis que poderemos partilhar dentro de algumas semanas. Não o queremos fazer já, pois não queremos misturar as coisas”.