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Renault Clio E-Tech híbrido até na caixa de velocidades

A Renault lançou mão de uma proposta inovadora, herdada do seu envolvimento na Fórmula 1; o Clio E-Tech.

Uma versão híbrida que causará impacto pela sua capacidade de regeneração de energia , permitindo que durante 80% do tempo, em deslocações urbanas, seja realizado em modo 100% elétricos.

A grande vantagem é reduzir os consumos e proporcionar uma maior prazer de condução, devido aos 140 cv de potência, conseguidos pela combinação do sistema híbrido e da revolucionária caixa de velocidades inteligente multimodo.

Mas este Clio E-Tech também se destaca pelos detalhes mais técnicos, alguns retirados diretamente da Fórmula 1, esta inovadora solução tecnológica visa um fim bem mais prosaico: assegurar o máximo de eficiência e de prazer de condução em cidade ou fora dela, com um custo o mais baixo possível para o cliente.

Sob o capô ‘mora’ um motor a gasolina e dois elétricos para 140 cavalos de potência combinada. Um conceito que permitiu combinar um fiável motor de combustão com dois motores elétricos e um pack de baterias de 1.2 kWh de capacidade colocado entre as rodas traseiras (não roubando espaço útil).

No caso do Clio E-TECH, o motor a gasolina é um 1.6, de quatro cilindros, com 91 cavalos de potência e 144 Nm de binário. Uma unidade que foi otimizada no sentido de se tornar ainda mais eficiente e devidamente adaptada para ser utilizada num sistema híbrido em série, paralelo ou paralelo/série.

O motor térmico é complementado por dois motores elétricos, solução por si só inovadora no segmento. O primeiro, de maiores dimensões, disponibiliza 36 kW de potência (49 cavalos) e o segundo (HSG – motor/gerador de alta voltagem), bastante mais compacto, tem 20 cavalos de potência e está acoplado diretamente ao motor térmico.

No arranque, o Clio E-TECH inicia a marcha no modo elétrico (EV), com a bateria a fornecer energia ao motor elétrico principal e mantendo o 1.6 desligado até ser necessário.

Mesmo que o sistema detete que a carga nas baterias não é suficiente para arrancar, recorrendo apenas à eletricidade armazenada, o motor de combustão só entra em funcionamento pelo tempo necessário para fornecer alguma energia às baterias e nunca para garantir, por si só, o andamento inicial, que continua a ser assegurado pelo motor elétrico (modo híbrido em série).

Com uma maior carga de acelerador ou à medida que a velocidade aumenta, o motor/gerador HSG assegura o arranque do motor de combustão e, mais importante ainda, sincroniza a caixa de quatro velocidades.

Já no modo híbrido paralelo, a bateria fornece energia ao motor elétrico principal que trabalha em parceria com o motor de combustão. Ambos transmitem potência às rodas e o motor/gerador elétrico encarrega-se de ir alternando as quatro relações da caixa mecânica disponíveis, de acordo com os diferentes parâmetros. Esta é a maneira mais eficiente de utilizar o Clio E-TECH, garantindo consumos baixos mesmo em situações de estrada aberta ou autoestrada.

Sempre que o condutor tira o pé do acelerador e o Clio E-TECH está no modo D (Drive), o motor elétrico principal passa a funcionar como gerador e recupera energia que é direcionada para as baterias. Se quiser potenciar esta função, aumentando a capacidade de regeneração de energia, pode selecionar o modo B (Brake) no seletor da caixa, que torna esta função muito mais evidente e o efeito de “travão” muito mais acentuado.

Quando o condutor pressiona o pedal de travão, o efeito de redução de velocidade é desencadeado eletricamente, com o auxílio do sistema hidráulico convencional (através do acionamento das maxilas) quando é necessário. Também neste caso, o motor elétrico oferece uma capacidade acrescida de travagem, com a vantagem de conseguir recuperar o excesso de energia gerada para a armazenar nas baterias, pelo menos até atingir o limite de capacidade das mesmas.

Em termos de desempenho há valores interessantes neste Renault Clio E-TECH, que consegue ir dos 80 a 120 km/h em apenas 6,9 segundos, garantindo consumos médios combinados no ciclo WLTP de uns regrados 4,5 l/100 km.

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