Economia

Remessas passam os 3,5 mil milhões em 2017 e crescem nos PALOP pela primeira vez desde 2013

As remessas dos emigrantes no ano passado ultrapassaram pela primeira vez os 3,5 mil milhões de euros, o que representa uma subida de 6,3 por cento face aos valores de 2016, segundo o Relatório da Imigração, hoje divulgado.

De acordo com os dados do documento, Portugal recebeu no ano passado 3.554,8 milhões de euros, o que equivale a um aumento de 6,3 por cento face aos 3.343,2 milhões recebidos no ano anterior, sendo que dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) foram enviados 254,14 milhões de euros, representando uma subida de 17,3 por cento face aos 216,6 milhões enviados em 2016.

“O volume de remessas originários dos PALOP conheceu no ano passado 17,2 por cento, a primeira subida desde 2013, devido ao aumento das remessas provenientes de Angola (19 por cento) e Cabo Verde (29 por cento)”, lê-se no relatório, que realça que “96,6 por cento do total procedente dos PALOP é oriundo de Angola, que subiu para o quinto lugar dos países emissores de remessas para Portugal, ultrapassando a Alemanha, não obstante a crise económica no país que impôs restrições à saída de divisas”.

No ano passado, “as transferências financeiras provenientes da emigração portuguesa (remessas) no exterior representam 1,8 por cento do respetivo PIB nacional, o maior valor de sempre, sendo a primeira vez que é ultrapassada a barreira dos 3.500 milhões de euros (o pico anterior tinha sido verificado no ano 2000, com 3.458 milhões”), acrescenta-se no documento.

A nível mundial, “a França e a Suíça continuam a ocupar as duas posições cimeiras entre os países origem de remessas, equivalendo a 54,8 por cento do total global”, segundo o relatório, que especifica que “a França, cujas remessas representam cerca de um terço do total, continua a subir, embora de forma menos expressiva que em 2016 (de 8,7 por cento nesse ano, sobe 2,5 por cento em 2017), enquanto a Suíça registou uma subida de 14,3 por cento.

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