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Relvas desvaloriza críticas à privatização da RTP e desintesse da Zon e Vodafone

miguel_relvas2Miguel Relvas, ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, desvaloriza críticas à privatização da RTP e não ficou preocupado com o desinteresse manifestado pela Zon e pela Vodafone. “O Governo está apenas empenhado num plano de sustentabilidade do canal público”, realçou Relvas.

À margem da conferência ‘Media do Futuro’, que decorreu no Hotel Ritz, em Lisboa, o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares reagiu às críticas feitas por Pinto Balsemão – que considerou que a privatização da RTP está a ser feita de forma “apressada”.

Francisco Balsemão afirmara, nesta conferência, organizada pela SIC Notícias, que, “se a ideia era acabarem connosco [SIC], a medida [privatização da RTP] arrisca-se a ser eficaz”. Miguel Relvas prefere não entrar em polémicas.

“Temos de aceitar as críticas e tenho estima pelas críticas de Francisco Balsemão. Mas a restruturação adiada da RTP de outras empresas públicas – foi o que conduziu o país a esta situação”, realçou. Miguel Relvas também não deu relevância ao desinteresse revelado por empresas como a Zon e a Vodafone, que não estão interessadas no principal canal público.

Para o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, o que está em causa é o respeito pelo compromisso assumido no programa eleitoral, no programa do Governo e do acordo com a troika.

“A privatização está no programa do governo e estava no programa eleitoral do PSD, que é o maior partido da coligação que governa o País. Por outro lado, o grupo RTP, por imposição do memorando de entendimento da troika, está dentro do Orçamento de Estado e trimestralmente será avaliada a execução orçamental do canal”, sublinhou Miguel Relvas.

O plano de sustentabilidade desenhado para o canal público vai mesmo avançar, indiferente a críticas: “Ao abrigo desse plano, em 2013, a despesa da RTP tem de ser de 150 milhões. Hoje, é de 150 milhões”.

“Não fomos nós que fizemos o défice, mas temos de ser nós a tomar medidas”, lembrou Miguel Relvasm que destaca que o Governo, “está a fazer diferente, a fazer o que prometeu”. Portugal “está numa situação difícil” e o executivo “tem de tomar medidas complicadas”.

Já se sabe que a Zon e a Vodafone se demarcaram da privatização e manifestaram desinteresse na RTP. Questionado sobre se há interessados no canal, o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares respondeu com uma pergunta: “O que é que acham?…”.

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