Miguel Relvas, ministro dos Assuntos Parlamentares, confirmou que recebeu mensagens de telemóvel enviadas por Jorge Silva Carvalho, ex-diretor do SIED, que tentava pressionar o então dirigente do PSD a colocar pessoas nos serviços de informação. Relvas disse que o único dado “comprometedor” nestas SMS seria “responder às mensagens”, o que “não aconteceu”.
O ministro Miguel Relvas assumiu em comissão parlamentar sobre Assuntos Constitucionais, hoje, na Assembleia da República, que o ex-diretor do SIED, Jorge Silva Carvalho, lhe enviou “dois SMS”, com “sugestões de nomes” de pessoas que seriam nomeadas para os serviços de informação.
Estas mensagens de telemóvel foram enviadas quando o agora ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares era dirigente do PSD. O ministro defende que não considera as mensagens comprometedoras. “Comprometedor seria responder às SMS, o que não aconteceu”, disse.
Miguel Relvas negou que tivesse informado o então líder do PSD, Pedro Passos Coelho, destes contactos com Jorge Silva Carvalho. E assegura que essas sugestões pararam desde que tomou posse como ministro.
O titular da pasta dos Assuntos Parlamentares disse ainda que, desde que assumiu funções no Governo, não voltou a estabelecer diálogo com o ex-diretor do SIED.
E desmentiu que alguma vez tivesse pedido qualquer estudo sobre a reorganização dos serviços. “Não recebi quaisquer emails sobre a reestruturação”, afirmou Miguel Relvas.
Esta comissão parlamentar sobre Assuntos Constitucionais resultou de um requerimento do Bloco de Esquerda.
