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Tratamentos contra sida chegam a mais pessoas, indica ONUsida

sidaO acesso aos tratamentos contra a sida chega a mais doentes, segundo indica o relatório mais recente da ONUsida, relativo a 2010. O efeito desta realidade é a redução da mortalidade, o que provoca o aumento do número de seropositivos. Há no mundo cerca de 34 milhões de pessoas infetadas.

O relatório ONUsida relativo a 2010 apresenta números animadores, que se relacionam com a mortalidade de doentes com sida. O acesso aos tratamentos leva a que os pacientes consigam combater os dados negros do passado. Há menos seropositivos a morrer, o que eleva a população com sida.

E sobretudo por isso o aumento do número de seropositivos não representa uma má notícia. Sê-lo-ia que resultasse do efeito de más notícias de prevenção, mas, como é efeito da eficácia dos tratamentos e da acessibilidade aos mesmos, ter mais população com sida significa que a mortalidade da doença é cada vez menor.

Existem no mundo atualmente, segundo este relatório ONUsida, cerca de 34 milhões de seropositivos. Durante o ano de 2010, registaram-se 1,8 milhões de perdas humanas, o que constitui uma quebra relativamente ao início da década 2000-2010. No início do milénio, verificavam-se, anualmente, 2,2 milhões de óbitos.

Michel Sidibé, diretor da ONUsida, considera que este pode ser um “ano de viragem”. Sidibé estima tenham sido poupadas cerca de 2,5 milhões mortes nos países menos desenvolvidos, onde a doença tem maior expressão e o acesso a tratamentos é mais difícil.

“Nunca se verificara um ano com tanta ciência, com tanta liderança e resultados tão positivos em apenas um ano”, congratulou-se Michel Sidibé Sidibé. Quase metade (47 por cento) dos seropositivos de países pobres estão já a receber tratamentos, o que representa 6,6 milhões de pacientes de um universo de 14,2 milhões. Esta percentagem, que representa um aumento de 11 por cento, contrasta com o dado anterior: 36 pontos percentuais.

Outro dado muito relevante relativo ao combate à sida encontra-se na taxa de novas infeções. É aqui que se encontra os efeitos da prevenção e das políticas de informação. Em comparação com dados de 2000, há menos 15 por cento de novos infetados com sida e menos 27 por cento relativamente a 1997, ano em que se assinalou um pico da doença.

África continua a ser o continente mais afetado pela doença. Quase sete em cada dez seropositivos são africanos. E também sete em cada dez novas infeções pelo vírus da sida ocorrem na África subsariana.

Caraíbas, Europa de leste e Ásia Central, por esta ordem, são as restantes regiões do mundo mais afetadas pela epidemia da sida. Na Europa e na América do Norte a doença permanece estável.

A ONUsida actua como principal impulsionador da acção mundial contra o vih/sida. Tem como missão “orientar, reforçar e apoiar os esforços mundiais”, no sentido de “inverter o rumo da evolução da doença”.

Os seus esforços têm como finalidade “evitar a propagação do VIH, prestar cuidados e apoio às pessoas infectadas e às que foram afectadas pela doença, reduzir a vulnerabilidade de indivíduos e comunidades ao vih/sida e atenuar o impacto socioeconómico da epidemia”.

 

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