O presidente da Comissão Distrital do Porto da Proteção Civil disse hoje à Lusa que o relatório preliminar da Proteção Civil da queda do helicóptero do INEM, em Valongo, mostra a necessidade de criar uma central única regional.
O relatório preliminar da Proteção Civil sobre a queda do helicóptero do INEM em Valongo, hoje divulgado, aponta falhas à NAV (Navegação Aérea de Portugal) Portugal, ao 112 e ao Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) do Porto.
Segundo Marco Martins, o relatório “não acrescenta muito” ao que afirmou no domingo, salientando, contudo, que “mostra a necessidade de criar uma central única a nível regional, que seja o chapéu de todas as entidades e onde todas, ali, debitem informação para assim evitar o que aconteceu”.
Questionado sobre se em algum momento, dada a sua experiência como bombeiro, se apercebeu que algo não teria corrido bem, o também presidente da Câmara de Gondomar admitiu-o.
“Quando [no sábado] cheguei ao posto de comando [na aldeia de Couce, em Valongo], cerca das 22:45, percebi que havia um ‘delay’ [atraso] por explicar e, entretanto, durante a madrugada, foi explicado. O que vem no relatório, mais minuto menos minuto, vem de encontro à informação que eu tinha”, afirmou.
Já o determinado pelo Ministro da Administração Interna (MAI) de a “Autoridade Nacional de Proteção Civil, em articulação direta com a Força Aérea, a NAV, a PSP, a GNR, a Comissão Distrital de Proteção Civil do Porto e a Câmara de Valongo aprofundarem as circunstâncias que rodearam a comunicação da ocorrência e a mobilização de meios de socorro, visando a plena caracterização dos factos e a apresentação de propostas de correção de procedimentos e normativos aplicáveis”, mereceu a concordância Marco Martins.
“Agora vamos ter todos de nos reunir e cumprir a determinação do ministro para analisar e propor soluções”, acrescentou o responsável, que aproveitou para criticar o teor do comunicado da NAV, no domingo de manhã, que disse que “alertou meia hora após a perda de contacto com o helicóptero do INEM, entidades como a Proteção Civil e a Força Aérea para a falha de comunicação com o aparelho”.
Nesse dia, em nota enviada à Lusa, a NAV declarou que às 19:40 foi avisada a Força Aérea Portuguesa, “que é quem ativa a busca e salvamento”, 20 minutos depois de terem sido contactados os CDOS do Porto, Braga e Vila Real, que “não atenderam”.
Garantindo ter adotado “com diligência e celeridade todos os procedimentos estabelecidos para este tipo de situações”, a NAV Portugal transcreve, ao minuto, a sequência de acontecimentos após a falta de comunicação com o helicóptero HSU203, acidentado junto a Valongo no sábado e que resultou na morte de quatro pessoas.
“Lamento o comunicado que a NAV fez no domingo de manhã e que, mais uma vez, se verifica que não corresponde à verdade, tentando apenas lavar as mãos das suas falhas num momento tão turbulento, só para criar confusão”, concluiu Marco Martins.
A queda do helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), no sábado, em Valongo (distrito do Porto) provocou a morte a quatro pessoas – dois pilotos, um médico e uma enfermeira.
A aeronave em causa é uma Augusta A109S, operada pela empresa Babcock, e regressava à sua base, em Macedo de Cavaleiros, Bragança, após ter realizado uma missão de emergência médica de transporte de uma doente grave para o Hospital de Santo António, no Porto.
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