Todos os anos, o tabaco mata seis milhões de pessoas, revela a Organização Mundial de Saúde (OMS), num relatório divulgado nesta quinta-feira. A população dos países pobres é a maior vítima deste drama, por culpa de uma “indústria agressiva”, que atrai cada vez mais pessoas para o consumo do tabaco. Margaret Chan, diretora-geral da OMS, apela a que as entidades de saúde “cerrem fileiras” contra a mortalidade associada ao tabaco.

Morrem todos os anos cerca de seis milhões de pessoas, segundo números da Organização Mundial de Saúde, vítimas do tabagismo. A OMS alerta para a probabilidade do aumento da mortalidade associada ao tabaco, nos próximos anos.

Segundo estima aquela organização, em 2030 deverão morrer cerca de oito milhões de pessoas por ano, em resultado de uma indústria “agressiva”.

Margaret Chan, diretora-geral da OMS, apela a que as entidades de saúde “cerrem fileiras” contra a mortalidade associada ao tabaco e que implementem medidas de combate a este flagelo, que atinge sobretudo os países mais pobres, onde escasseiam campanhas antitabágicas.

Oito em cada dez mortes resultantes do tabagismo deverão ocorrer em países subdesenvolvidos, nesse ano. Assim, a diretora-geral da OMS faz um apelo. “Temos de cerrar fileiras e acabar com a publicidade no tabaco, bem como o patrocínio da indústria”, defende Margaret Chan.

Caso não se tomem medidas, a diretora-geral da OMS teme que “adolescentes e adultos jovens continuem a ser atraídos pelo consumo do cigarro”.

Por seu turno, Oleg Chestnov, diretor-geral-adjunto, salienta que a indústria tabaqueira “não poupa nos gastos quando se trata de publicitar os seus produtos”, sendo que dedica “milhares de milhões de dólares” em campanhas.

E perante este drama, a cessação tabágica é um desafio que a comunidade científica abraçou. Já imaginou abrir o maço de cigarros e ouvir uma mensagem de alerta? Cientistas escoceses tiveram a ideia e abraçaram o projeto, criando um maço de tabaco falador, que dá bons conselhos.