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Rejeição às vacinas é “problema de obscurantismo e de contrainformação”

Durão Barroso, hoje nomeado presidente da Aliança Global para as Vacinas (GAVI), revelou estar atento ao aumento de movimentos em prol da rejeição de vacinas.

“É um problema de obscurantismo e de campanhas de contrainformação, superstições e posições cada vez mais anti-científicas”, considerou o ‘chairman’ da Goldman Sachs, em declarações à Lusa a propósito da nomeação da GAVI.

“A verdade é que há hoje demonstração clara e irrefutável de que vacinas salvam muitas vidas”, reforçou o ex-primeiro-ministro.

Explicando que a GAVI tem também a missão de procurar informar as pessoas, Durão Barroso lembrou o exemplo de África, com “uma diferença imensa em termos de mortalidade infantil” entre os países com campanhas generalizadas de vacinação e os que não têm essas campanhas.

“Infelizmente está a notar-se um recrudescimento de algumas doutrinas obscurantistas contra os factos, contra a ciência, contra a própria medicina. O que se pode fazer é procurar pela educação, pela informação, pela capacidade pedagógica tentar corrigir essas atitudes”, adiantou ainda o ex-presidente da Comissão Europeia.

Durão Barroso salientou também que a GAVI enfrenta agora uma situação “mais urgente”, a pandemia de covid-19.

“Está a desviar algumas atenções e recursos, mas a GAVI mantém o seu programa e neste ciclo 2016-2020 os objetivos estão a ser atingidos e espero que se mantenha esse bom desempenho”, sustentou.

Quando for desenvolvida uma vacina contra a covid-19, a organização vai “procurar garantir distribuição para todo o mundo, sem discriminação, nacionalismos ou protecionismos”, concluiu Durão Barroso.

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