José Sócrates juntou-se hoje à campanha do PS e rapidamente relegou Francisco Assis, o cabeça de lista, para uma posição secundária.
Ao invés de abordar assuntos de cariz europeu, uma vez que as eleições de domingo são para o Parlamento Europeu, o ex-primeiro-ministro centrou-se nas críticas à coligação PSD/CDS.
“A direita política quis transformar esta campanha numa campanha de ódio e de imbecilidade”, afirmou o comentador político da RTP, acrescentando: “ao longo desta última semana, foi aliás difícil de distinguir os momentos mais de ataque pessoal, mais de ódio dos momentos mais imbecis”.
“Quer o país, quer a Europa, precisavam de uma boa discussão, mas a direita política perdeu a vergonha, a decência, a educação e o respeito pelos outros que é essencial à vida democrática”, reforçou.
Sobre as críticas da Aliança Portugal, que o acusa de ser responsável pela bancarrota de Portugal e pelo pedido de resgate da troika, José Sócrates retomou o discurso de não ter “medo de nada”.
“Não tenho medo da direita e muito menos dos insultos da direita. Tenho uma surpresa para eles: vão também perder as eleições. Esta direita desceu ao ataque pessoal rasteiro e mesquinho”, reforçou.
O ex-primeiro-ministro descartou a presença de hoje na campanha como um sinal de que pode voltar à vida política ativa: “não tenho nenhuma responsabilidade política, nem quero regressar à vida política. Não estou em campanha, a não ser para apoiar o meu partido. Venho aqui como mero militante do PS”.
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