A ópera ‘Três Mulheres com Máscara de Ferro’, de Eurico Carrapatoso, com libreto a partir de um texto de Agustina Bessa-Luís, é levada à cena de sexta-feira a domingo, em Lisboa.
A ópera estreou-se a 14 de outubro de 2014, na sala polivalente da Fundação Calouste Gulbenkian, e, seguidamente, esteve em cena nos dias 17 e 18 na sala azul do Teatro Aberto, onde regressa na próxima sexta-feira.
A ópera com música original de Eurico Carrapatoso, composta para clarinete, violino, violoncelo e piano, é dirigida pelo maestro João Paulo Santos e encenada por João Lourenço.
‘Três Mulheres com Máscara de Ferro’ centra-se em três protagonistas femininas criadas por Agustina Bessa-Luís, Fanny Owen, Ema e Sibila, que serão interpretadas pelas cantoras líricas Ana Ester Neves, Angélica Neto e Patrícia Quinta.
O ensemble é constituído por João Paulo Santos, ao piano, Horácio Ferreira, no clarinete, Irene Lima, no violoncelo, e António Figueiredo, no violino.
Paralelamente, a editora Relógio D’Água edita, no âmbito da coleção de obras da autora, um volume com o texto “Três Mulheres com Máscaras de Ferro”, de Agustina Bessa-Luís.
Este volume tinha sido editado em 2014 pela editora Babel, em colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito do Congresso Internacional do Círculo Literário Agustina Bessa-Luís, realizado nesse ano, em outubro, naquela instituição.
Desta nova edição da Relógio D’Água, faz parte uma tradução do libreto em inglês, por Francisco Silva Pereira, e textos da escritora Mónica Baldaque, filha de Agustina Bessa-Luís, da tradutora e dramaturgista Vera San Payo de Lemos, e do compositor Eurico Carrapatoso.
Esta edição inclui os prefácios de António Lobo Antunes, Hélia Correia e Gonçalo M. Tavares, publicados, respetivamente, em “Vale Abraão”, “Fanny Owen” e “A Sibila”, nas reedições da Relógio D’Água, e é ilustrada com desenhos dos figurinos de Bernardo Monteiro, e fotografais de cena da apresentação da ópera, em 2014, na sala Azul do Teatro Aberto.
Num dos textos que acompanha a edição, “No Jardim das Sombras”, Mónica Baldaque escreve que “‘Três Mulheres com Máscara de Ferro’ remete-nos para a linguagem do conto de fadas: o número três, que contempla os três aspetos –- o mundo, a nossa existência no mundo e a nossa vida interior; as três mulheres transformadas em estátuas de pedra, num jardim, lugar de sombras e de metamorfoses –- na imobilidade e no silêncio, são chamadas à vida; as máscaras, sob as quais se decide aquilo que se revela dos sentimentos e das paixões, modificados e influenciados por várias causas; a pergunta, onde está implícita a moralidade, e a que todas têm de responder”.
“Tudo carrega um significado simbólico”, sublinha Baldaque que, sobre o texto de Bessa-Luís, interroga em seguida: “Como se encontram estas três mulheres-estátua num jardim? O que as juntou ali, figuras enigmáticas de histórias tão diferentes? Diferentes?…”.
Numa entrevista à imprensa, Agustina Bessa-Luís sobre as suas personagens, afirmou: “Do caráter psicológico dos meus personagens eu destacaria um amor amnésico, quer dizer, sujeito a infinitas insuficiências e estados de cura”.
Com duração cerca de 60 minutos, “Três Mulheres com Máscara de Ferro” fica em cena até domingo, com récitas às 21:30, na sexta-feira e no sábado, e às 16:00, no domingo.
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