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Refugiados ou animais? Veja o vídeo feito na Hungria que está a chocar o mundo

Uma voluntária num campo de refugiados mostrou como estes estão a ser alimentados “como animais”. Sandes são atiradas pelo ar, obrigando homens, mulheres e crianças a lutarem pela comida. São condições “desumanas” que, segundo o marido da voluntário, evocam “Guantanamo na Europa”.

A lei da selva parece imperar no sobrelotado campo de refugiados de Roszke, na Hungria. Uma voluntária austríaca conseguiu filmar as condições “desumanas” em que (sobre)vivem centenas de pessoas enquanto tentam chegar a outros países europeus, como Alemanha e Suécia.

As imagens registadas por Michaela Spritzendorfer, de forma oculta, foram feitas num armazém onde estão alojados cerca de 150 migrantes, vigiados por polícias equipados com capacetes e máscaras.

O que mais impressiona nas imagens é a forma como os refugiados são alimentados, como se fossem animais. A certa altura, as sandes são atiradas pelo ar, obrigando homens, mulheres e crianças a lutarem pela comida.

“Pareciam animais a serem alimentados num curral, como Guantanamo na Europa”, descreveu Alexander Spritzendorfer, o marido da voluntária, em declarações à agência France Press.

De acordo com o casal, que foi a Roszke, na fronteira com a Sérvia, entregar comida, roupa e medicamentos, as condições do campo de refugiados são “desumanas”, embora ainda haja uma réstia de esperança. “O vídeo mostra algo sobre estas pessoas. Não lutaram pela comida, embora estivessem com fome”, acrescentou Spritzendorfer.

As condições do campo de Roszke já tinham sido criticadas, na terça-feira, pela agência das Nações Unidas para os refugiados, com o Governo húngaro a responder com uma medida de força, acelerando a construção do ‘muro’ de 175 quilómetros na fronteira com a Sérvia, que tem como finalidade bloquear a passagem dos migrantes.

Istvan Simicsko, recentemente empossado como ministro da Defesa da Hungria, assumiu mesmo que a construção da barreira é “uma prioridade”, tendo ordenado a mobilização de mais 3800 soldados para as obras de construção do ‘muro’.

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