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Reforma do sistema eleitoral defendida por Rio “não é o nosso foco”, diz Cristas

A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, afirmou hoje que a reforma do sistema eleitoral defendida pelo presidente do PSD, Rui Rio, não é uma prioridade para o seu partido, que está focado noutros temas, como a saúde.

“Não é o nosso foco”, declarou Assunção Cristas, em resposta aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, após ter sido recebida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que iniciou hoje uma ronda de audiências aos partidos com assento parlamentar.

Nestas declarações à comunicação social, a líder do CDS-PP foi também questionada sobre a situação do presidente da Câmara Municipal de Barcelos, Miguel Costa Gomes, a quem foi decretada prisão domiciliária no âmbito da operação “Teia”, mas recusa renunciar ao mandato.

Assunção Cristas apenas disse que acompanha o caso “com preocupação” e que a justiça e a corrupção são matérias que o CDS-PP pretende manter na “primeira linha” da agenda política.

Questionada sobre a reforma do sistema eleitoral que é defendida por Rui Rio, a título pessoal, e que passa por uma redução de deputados através da representação dos votos brancos e nulos na Assembleia da República, a presidente do CDS-PP não quis comentar diretamente essa proposta.

“Há questões que podem ser discutidas em sede do próprio sistema eleitoral. Eu não creio que, neste momento, faça sentido estar a discuti-las”, considerou, ressalvando, no entanto, que “com certeza que, no quadro dos programas eleitorais, cada partido tem a liberdade para o fazer”.

Segundo Assunção Cristas, “aquilo que está neste momento na preocupação dos portugueses são outros temas”, nos quais o CDS-PP está “focado”, como “o tema da saúde” e “a degradação da qualidade do serviço de transportes públicos”.

À saída do Palácio de Belém, a presidente do CDS-PP foi ainda questionada sobre o pedido de audiência que tinha feito ao Presidente da República, há cerca de um mês, quando o primeiro-ministro, António Costa, admitiu um cenário de demissão do Governo caso viesse a ser aprovada a contagem integral do tempo de serviço dos professores.

“O meu papel é pedir para ser recebida nos momentos em que assim o entendo. O papel do senhor Presidente da República é fazer a sua ponderação e a sua escolha, que nós naturalmente respeitamos. Mas, tivemos hoje uma muito boa reunião”, declarou Assunção Cristas, sobre a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa de não a receber.

O Presidente da República não lhe concedeu essa audiência nesse contexto, em que se remeteu ao silêncio, reservando-se para o caso de vir a ter de intervir, o que não se verificou, porque uma semana mais tarde PSD e CDS-PP votaram ao lado do PS chumbando a contagem integral do tempo de serviço dos professores.

Lusa

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