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Referendo: Holanda não quer acordo entre a Ucrânia e a União Europeia

Em referendo, a Holanda rejeitou o tratado que, desde janeiro, aproximou a Ucrânia da União Europeia (UE). O Presidente ucraniano lamentou este “ataque à unidade da Europa” e do Reino Unido, que vai referendar a continuidade na UE, chega alegria e preocupação pelo resultado.

Não. Chamados a pronunciar-se sobre o tratado comercial entre a União Europeia e a Ucrânia, que está em vigor desde janeiro e que contou com a assinatura do primeiro-ministro da Holanda, os cidadãos criaram um problema comunitário ao chumbarem o documento.

Um problema agravado pela hipótese do ‘Brexit’, ou seja, pela saída do Reino Unido. A 23 de junho, os britânicos vão votar, também em referendo, se querem ou não continuar na União Europeia.

Do lado da Ucrânia, para quem este tratado comercial era um primeiro passo rumo a uma futura adesão, a decisão dos holandeses é um “ataque” ao espírito europeu.

“Gostaria de lembrar que o verdadeiro objectivo deste referendo não é chegar a um acordo entre a Ucrânia e a União Europeia”, salientou o Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, que se encontra numa visita oficial ao Japão: “É um ataque à unidade da Europa e à expansão dos valores europeus”.

Quem também não gostou da escolha popular foi a Comissão Europeia. O presidente, Jean-Claude Juncker, ficou “triste” com o resultado do referendo, como adiantou a porta-voz, Margaritis Schinas, garantindo que “a Comissão permanece fortemente comprometida com o desenvolvimento das suas relações com a Ucrânia”.

Cabe agora ao Governo holandês, que assinou o tratado comercial (em conjunto com os restantes 27 países da UE), decidir como fazer depois de conhecida a vontade popular.

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