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Redução de mortes nas estradas de Angola não satisfaz autoridades

Mais de 1.700 pessoas morreram em Angola nos últimos nove meses vítimas de acidentes rodoviários, anunciaram hoje autoridades, valores menores do que em igual período de 2017 que, contudo, consideram ser “ainda insatisfatório”.

Segundo o comandante geral da polícia angolana, Paulo de Almeida, que presidiu hoje, em Luanda, à abertura da Feira de Acidentes em Memória das Vítima das Estradas, terá de ser desenvolvido um esforço conjugado para que “exista paz” nas vias rodoviárias em Angola.

“Temos que também fazer um esforço para melhorar as nossas infraestruturas rodoviárias, que estão muito debilitadas, sobretudo nas estradas nacionais, o que tem sido também um dos motivos das causas dos acidentes”, disse.

Para o comissário geral da polícia angolana, a sinalização também deve ser melhorada, porque, observou, “previne e avisa”, devendo também ser apurada a fiscalização; outro elemento “importante”.

A Feira de Acidentes em Memória às Vítima das Estradas, que se integra no âmbito do Dia Mundial das Vítimas das Estradas, decorre até domingo no Largo do Soweto, no Bairro Vila Alice, centro da capital angolana.

Exposições de viaturas e motorizadas sinistradas, equipamentos de resgate às vítimas de acidentes, folhetos para sensibilizar a sociedade sobre as consequências de acidentes e ainda aparelhos de medição da pressão arterial são serviços e meios expostos no local.

Paulo de Almeida observou igualmente que o “reduzido índice” de acidentes verificado nos últimos meses em todo o país, também é fruto da “utilização regular do bafómetro”, defendendo “celeridade” na aprovação da lei que criminaliza a condução sob efeito de álcool.

“Penso que aqueles que estão a analisar a questão da lei sobre a criminalização ou não da condução sob efeito do álcool acelerem, porque isto melhorou e reduziu substancialmente os índices de sinistralidade”, apontou.

O Instituto Nacional de Luta contra das Drogas (INALUD) em Angola também marca presença na Feira com ações de sensibilização, considerando que o “consumo excessivo” de bebidas alcoólicas tem “enorme influência” na sinistralidade rodoviária.

“Sabemos que a maioria dos acidentes de viação ocorre devido ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas e estamos aqui para ajudar para a sensibilização das consequências desse comportamento”, disse à Lusa Adelaide Mbulica, chefe de departamento do Instituto.

Por sua vez, Teresa Bernardo, supervisora geral do Hospital Josina Machel, o maior de Angola, que avalia na Feira os sinais vitais dos visitantes, assinalou as ocorrências na unidade hospitalar em consequência dos acidentes rodoviários.

“Na verdade, temos muitos casos de ortopedia, maioritariamente provenientes de pessoas envolvidas em acidentes de viação. A feira é muito importante, porque mostra que temos de ter mais cuidado na condução”, alertou.

No domingo, no Dia Mundial em Memória às Vítimas das Estradas, está previsto o lançamento da “Campanha de Prevenção Rodoviária” e ainda uma marcha alusiva à data.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaAngola

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