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Rede de cuidados paliativos “é compromisso social”, diz Paulo Portas

Líder do CDS-PP, Paulo Portas, quer que Portugal crie uma rede nacional de cuidados paliativos e colocou esse projeto no programa centrista, como um “autêntico compromisso social”. Isabel Neto, presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, denuncia que “cerca de 50 por cento” das pessoas que solicitam estes cuidados morrem antes de acederem aos mesmos, devido à “excessiva burocracia”.

Paulo Portas, que participava na abertura do 12.º congresso europeu de cuidados paliativos, que está a decorrer em Lisboa, reiterou a proposta do CDS-PP, que prevê a criação de uma rede nacional, capaz de aumentar a qualidade dos serviços e, ao mesmo tempo, racionalizar as despesas que os cuidados paliativos implicam.

O dirigente centrista lembrou a “proposta feita pelo CSD”, que permitiria proporcionar “melhor saúde e racionalizar custos” na prestação de serviços de saúde a quem sofre de doenças irreversíveis. O projeto não mereceu a aprovação do Parlamento, mas volta a ser – mais do que uma bandeira de campanha dos democratas-cristãos para as eleições de 6 de junho – “um autêntico compromisso social”.

O 12.º congresso europeu de cuidados paliativos reúne na capital mais de 2500 profissionais de saúde, dos quais 200 são portugueses. Serão apresentados estudos e investigações nesta área. Isabel Neto, presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, pretende que, com o mediatismo deste evento, possam ser dados passos no caminho da eliminação do “desconhecimento, mitos e preconceitos” relativamente a esta prática médica.

“Só em Lisboa, cerca de 2000 doentes morrem antes de aceder aos cuidados paliativos. Quando são chamadas para a rede, já faleceram. Cerca de metade morrem antes da chamada”, sublinha Isabel Neto.

A presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos destacou a importância de maior atenção a esta área e lembrou a existência de “dezenas de milhares de pessoas” que não têm conhecimento da possibilidade de recorrerem a cuidados paliativos: “A capacidade de resposta atinge os 12 por cento das pessoas que precisam, com grandes limitações no apoio domiciliário”.

Por outro lado, não diferenciar cuidados paliativos de cuidados continuados é uma lacuna a corrigir, para evitar a “burocracia excessiva, que não se compadece com as necessidades dos doentes”. Portugal ainda esquece as recomendações da Organização Mundial de Saúde.

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