Reconhecida justa causa a Patrício e Podence
A Comissão Arbitral Paritária (CAP) validou as rescisões por justa causa apresentadas por Rui Patrício e Daniel Podence. Para já, Wolverhampton e Olympiacos não terão de indemnizar o Sporting.
É apenas a primeira decisão de um conjunto alargado, mas a que causa mais mossa à SAD leonina.
A CAP reconheceu a fundamentação de justa causa “para efeitos meramente desportivos”, validando a “desvinculação desportiva” dos dois atletas, avançam Correio da Manhã e Record (ambos da Cofina).
Isto significa que Rui Patrício e Daniel Podence podem deixar Alvalade a custo zero.
Com esta decisão, o Wolverhampton fica livre de pagar pela transferência do guarda-redes, tal como o Olympiacos não terá de compensar o Sporting pelo extremo.
Esta decisão poderá também ditar um retrocesso nos casos de Bas Dost e Battaglia.
O holandês e o argentino estariam prestes a regressar ao Sporting, por entenderem que já não existe a ‘ameaça’ Bruno de Carvalho, mas a decisão do CAP significa que os clubes interessados não terão de indemnizar o Sporting pela ‘transferência’.
No entanto, a decisão do CAP não implica o fim do imbróglio.
O reconhecimento da justa causa “para efeitos meramente desportivos” significa que Rui Patrício e Podence são jogadores livres para assinarem por outro clube.
No entanto, cabe ao Tribunal do Trabalho (TdT) e ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) pronunciarem-se sobre a validade da justa causa em termos contratuais, pelo que o Sporting ainda pode vir a exigir uma indemnização caso esses órgãos não reconheçam a justa causa.
Mais fácil ainda: a decisão do CAP é como uma grande penalidade (a indemnização) não assinalada pelo árbitro, mas ainda é preciso consultar o videoárbitro (TdT e TAD) antes do penálti ser cobrado.
Recorde-se que, para evitar um diferendo judicial, o Bétis negociou com o Sporting uma verba de 16 milhões de euros (pode subir até perto de 30, com prémios por objetivos) pela transferência de William Carvalho, que também tinha rescindido alegando justa causa.