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Reclusos de Custóias terão gasto 80 mil euros em dois dias de greve dos guardas

A direção do Estabelecimento Prisional do Porto, mais conhecido como a cadeia de Custóias (Matosinhos), é acusada pelo Sindicato Nacional da Guarda Prisional (SNGP) de violação da lei da greve, após permitir que os reclusos tenham gasto 80 mil euros em dois dias.

Em declarações ao Correio da Manhã, o presidente do SNGP, Jorge Alves, acusou a direção da prisão de ter permitido “unilateralmente” o acesso à cantina (a compra de bens alimentares) nos dias 14 e 15 de dezembro, quando estavam em vigor os serviços mínimos.

“Foram abertas centenas de celas, entre as 13h00 do dia 14 [muitas após as 19h00, hora de fecho dos presos], e as 01h30 do dia seguinte”, denunciou o sindicalista.

Prometendo reportar “esta e outras violações aos serviços mínimos” à Procuradoria-Geral da República, Jorge Alves estimou que nesta “black friday” na cadeia de Custóias tenham sido gastos “cerca de 80 mil euros” em bens alimentares e tabaco, durante esses dois dias de greve.

As acusações foram negadas pelos responsáveis. Citada sem identificação pelo Correio da Manhã, fonte dos serviços prisionais indicou as cantinas da prisão “foram abastecidas” e os reclusos fizeram compras “de acordo com os serviços mínimos definidos”, embora reconhecendo que o procedimento “se prolongou além do habitual”.

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