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Rebeldes no sul da Síria chegam a acordo de rendição com a Rússia

Os rebeldes no sul da Síria chegaram a um acordo com a Rússia, aliado de Damasco, para uma rendição negociada numa área sensível de fronteira com os montes Golã, na parte anexada por Israel, anunciou hoje uma organização.

“O acordo prevê um cessar-fogo, abandono (pelos rebeldes) de armas de médio e grosso calibre e o retorno das instituições do Governo” sírio, disse o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahmane, à agência de notícias francesa AFP.

Segundo a agência oficial Sana, o acordo permitirá que o regime recupere as suas posições anteriores a 2011, data do início da guerra na Síria.

Desde 2012, os rebeldes controlam a maioria da província de Qouneitra e a zona tampão que separa este território dos montes Golã ocupados por Israel.

A polícia assumirá o controlo do território situado na zona tampão, acrescentou Rahmane à AFP, observando que os rebeldes que recusarem o acordo poderão ir para o território rebelde no norte da Síria.

Um membro da delegação rebelde envolvida nas negociações confirmou à AFP que um acordo foi feito para permitir que as forças do governo entrem na zona de segurança. No entanto, não disse quando ocorreria.

De acordo com o OSDH, o acordo não inclui membros do grupo extremista Hayat Tahrir al-Cham, um antigo braço da Al-Qaeda na Síria.

Outro acordo alcançado pela Rússia, a 06 de julho, também resultou na saída dos rebeldes na província vizinha de Deraa.

Iniciado em 2011, o conflito na Síria tornou-se mais complexo ao longo dos anos com o envolvimento de países estrangeiros e grupos extremistas num território cada vez mais fragmentado.

O conflito já matou mais de 350.000 pessoas e provocou milhões de deslocados e refugiados.

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