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Porque razão a Fórmula E e o WEC são melhores para a Michelin que a F1

Muitos se têm questionado porque uma empresa líder na produção de pneus como é a Michelin não se volta a envolver na Fórmula 1. O construtor de Clermont-Ferrand explica porque razão prefere arriscar em envolver-se na Fórmula E e no Campeonato do Mundo de Resistência (WEC) em vez da disciplina máxima do automobilismo.

Há muito tempo ausente da F1, a Michelin seria um parceiro natural na disciplina ‘rainha’ do automobilismo, mas a marca francesa considera que a competição de monolugares elétricos se enquadra melhor naquilo que vê como inovação para a indústria automóvel.

A Michelin estendeu recentemente o seu contrato para fornecer pneus à Fórmula E para a próxima década, tendo sido o responsável por isso desde a criação da competição, quase simultaneamente à introdução de pneus intermédios no WEC (2012).

Pascal Couasnon, responsável da marca de Clermont-Ferrand, explica o porquê da aposta na Fórmula E com a sustentabilidade e a relevância no automóvel do dia à dia: “Como líderes gostamos de assumir riscos e vamos continuar a fazê-lo. Falamos de pneus de 18 polegadas na Fórmula 1 durante muitos anos. Acho que desde 2010 não conseguimos convencer as partes a correrem esses riscos”.

Couason diz que a preferência da Fórmula E por pneus para qualquer condição climatérica foi “muito importante” para manter a Michelin envolvida na disciplina. E admite que talvez tente convencer outras disciplinas a seguir esse conceito: “Porque não? É preciso ter outros parceiros para correr riscos. O desporto motorizado é um espetáculo, que significa algo em termos de tecnologia para encontrar um terreno onde evolua. Isto (Fórmula E) foi perfeito, introduzindo o primeiro pneu de 18 polegadas para um monolugar e testando algo desconhecido. Funcionou bem e queremos continuar”.

O responsável da Michelin refere também que o ‘Mundial’ de Resistência poderá ser o próximo ‘palco’ para introduzir pneus para qualquer tipo de situação climatérica, sugerindo que a competição de ‘endurance’ e a Fórmula E estão melhor preparados para seguirem caminhos inovadores do que a F1. “É algo que temos de falar com os organizadores. Alguns destes conceitos, no WEC introduzimos pneus slick que funcionavam bem na chuva. Foi um bocado louco mas funcionou. Isso é semelhante ao que gostamos. Na última temporada introduzimos a versão dois do pneu de Fórmula E quase cinco quilos mais leve no total do jogo e melhoramos a eficiência reduzindo a resistência ao atrito. Talvez não seja espetacular, mas temos a mesma performance com um pneu um quilo mais leve”, observa Couasnon.

 

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