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Raríssimas defende-se da acusação de desvio de dinheiro para fins pessoais

A Raríssimas – Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras já reagiu à reportagem emitida este sábado pela TVI, onde Paula Brito e Costa, a presidente da instituição, é acusada de levar uma vida de luxa à custa de subsídios públicos destinados à instituição.

A Polícia Judiciária está a investigar a gestão da presidente Paula Brito e Costa que, além do ordenado base na ordem dos três mil euros, receberá ainda 1300 euros em ajudas de custo, cerca de 1500 euros em viagens entre casa e trabalho e ainda 800 euros num plano Poupança Reforma.

Através de um comunicado, publicado na página oficial do Facebook, a direção da Raríssimas defende-se dizendo que se trata de uma reportagem “insidiosa” e “descontextualizada”, sublinhando que os valores apresentados na reportagem foram “artificalmente inflacionados”.

“A Raríssimas tem por base a tabela salarial definida pela CNIS (Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social) para a definição dos vencimentos dos seus colaboradores”, pode ler-se na nota, que garante que “toda a documentação, designadamente despesas efetuadas pela presidente da Raríssimas em deslocações e em representação da instituição, está registada contabilisticamente e auditada, tendo sido aprovada por todos os órgãos da direção”.

A falta de sustentabilidade financeira da associação, confirmada na investigação por Jorge Nunes, ex-tesoureiro da Raríssimas, é defendida pela direção garantindo que a mesma “não está em causa” e que é “garantida pelos serviços que presta aos utentes.

A reportagem da TVI, conduzida pela jornalista Ana Leal e apoiada em vários documentos, pôs a nu mapas de deslocações fictícias, gaturas de gasolina duplicadas, viagens ao estrageiro pagas com verbas da associação, além de gastos pessoais relacionados com supermercados e carros em nome de Paula Brito e Costa.

Neste contexto, a instituição justifica que as viagens são “aprovadas em orçamento” devido à necessidade de “internacionalização” da Raríssimas. Quanto às roupas – mais de 800 euros no El Corte Ingles – é escrito que “para o exercício da função de representação institucional da Instituição, é essencial uma imagem adequada da sua representante”.

A direção acusa ainda a TVI de ter recorrido a materal de forma “ilícita” e “sem autorização dos intervenientes”.

“Assistimos assim a um estilo de jornalismo de emboscada baseado em informações manipuladas, ao serviço de interesses obscuros e sem qualquer motivação de conhecer a verdade”, sublinham.

A Raríssimas é uma associação sem fins lucrativos que presta tratamento diário a mais de 300 adultos e crianças portadores de doenças raras. Emprega cerca de 200 profissionais em várias áreas e conta também com várias unidades de saúde.

 

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