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Rapazes alvo de mais ataques de bullying homofóbico do que as raparigas, indica pesquisa

escolaPesquisa realizada em Braga indica que os rapazes são mais vítimas do bullying homofóbico praticado nas escolas do que as raparigas. Um artigo inserido no estudo ‘(In)visibilidade do Bullying Homofóbico no Contexto Escolar Português’ adianta ainda que as raparigas também são alvo deste tipo de ataque, mas em menor percentagem. Realce ainda para o facto de 45 por cento dos rapazes de 13 anos terem assumido que foram vítimas de bullying.

O bullying é um fenómeno que grassa nas escolas portuguesas e que afeta rapazes e raparigas. Dentro deste fenómeno, há o bullying homofóbico, que se resume a tratamento através de nomes que pretendem gozar com a orientação sexual.

Este estudo, realizado pelo Instituto de Educação da Universidade do Minho, Centro Avançado de Sexualidades e Afectos e Instituto Superior de Psicologia Aplicada, conclui que os rapazes são mais vítimas do que as raparigas, no fenómeno do bullying homofóbico em contexto escolar (chamados de maricas, gay, bicha, por exemplo).

Há 3,8 por cento de rapazes do 7.º ano m alvo deste tratamento homofóbico, percentagem que sobe para os 6,2 por cento no 8.º ano e para os 11 por cento no ano seguinte, indica este estudo nacional.

Relativamente às raparigas, há também um aumento de casos no 9.º ano (2,6 por cento, em contraponto com 1,2 pontos percentuais nos anos anteriores), o que denuncia menor prática de bullying homofóbico neste grupo.

Já no bullying que não tem cariz homofóbico, conclui-se que um em cada três rapazes com 12 anos de idade já foram vítimas. Também há um aumento de casos associado à idade: com 13 anos, há 45 por cento de rapazes que revelaram que foram alvo desta prática.

Nas raparigas, não há diferenças significativas: no 7.º ano, 30,4 por cento e no 8.º ano de escolaridade, 38,8.

O estudo resulta de uma pesquisa de três anos lectivos, de 2010/2011 a 2012/2013, numa escola pública do distrito de Braga.

Analisou diferentes tipos de bullying, desde o homofóbico, a casos de agressões (físicas e verbais), ameaças e ataques nas redes sociais (o chamado cyberbullying).

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