O candidato social-democrata europeu Paulo Rangel acusou hoje o secretário-geral do PS de estar “nervoso e obcecado” consigo e com o PSD e lamentou a campanha de “ataques pessoais” com base em “pressupostos falsos”.
“O que eu vejo é que António Costa está muito nervoso e obcecado não só com o PSD mas com o cabeça de lista do PSD. Eu gosto de debater com o primeiro-ministro mas tem é de ser com base em pressupostos verdadeiros e não com base em pressupostos falsos”, declarou Paulo Rangel, à margem de uma ação de rua em Valença, Viana do Castelo.
O secretário-geral do PS, António Costa, acusou sábado à noite o cabeça de lista europeu do PSD de ter pedido à Comissão para “pôr Portugal na ordem”, tentando impedir a mudança política iniciada no final de 2015.
Instado a responder a esta acusação de António Costa, Paulo Rangel lamentou o que classificou como “uma campanha em tom pouco sereno e na linha do ataque pessoal” contra o PSD, contrapondo que os sociais-democratas estão “muito tranquilos com o ritmo da campanha”.
Paulo Rangel disse que o PSD vai continuar até ao final da campanha a “denunciar as políticas erradas do PS” de “cortes e cativações” em áreas como a saúde, a segurança de pessoas e bens e a segurança rodoviária para “chegar às metas europeias”.
“Não precisamos de vir com coisas infantis, como a linguagem `bla bla bla´ do manifesto do PS que é a coisa mais utópica e romântica que promete tudo a todos” e que consiste “numa miragem”, criticou.
Para o cabeça de lista do PSD ao parlamento europeu, “o PS e António Costa em particular está preocupado com a dinâmica europeia”, reforçando que “se estivesse tranquilo não precisava de fazer esse tipo de ataques com base em pressupostos que não são verdadeiros”.
António Costa acusou no sábado o cabeça de lista europeu do PSD de ter pedido à Comissão para “pôr Portugal na ordem”, tentando impedir a mudança política iniciada no final de 2015.
“Temos dito muitas vezes que o candidato do PSD e do CDS a presidente da Comissão Europeia [Manfred Weber] tentou aplicar sanções com a força máxima contra Portugal, mas não foi só ele que quis impedir a mudança. Convém não esquecer que o cabeça de lista do PSD, num debate, no Parlamento Europeu, com a nossa deputada Elisa Ferreira, pediu à Comissão que viesse a Portugal impedir a mudança”, referiu António Costa, numa intervenção em Guimarães.