Alexander Prokhorenko morreu na Síria ao ser atingido por bombas largadas pela aviação russa. Foi o próprio ‘Rambo da Rússia’ a dar as coordenadas para o ataque, sabe-se agora: estava cercado por dezenas de militares do Estado Islâmico (ISIS), também mortos pelo bombardeamento.
Foi um suicídio heróico: cercado por dezenas de militares do ISIS (ou Daesh), Alexander Prokhorenko, conhecido como ‘o Rambo da Rússia’, mandou despejar ‘um inferno de bombas’ sobre o local onde estava.
O ato do novo herói mundial da luta contra o Daesh, que deixa viúva Ekaterina, grávida do primeiro filho, foi agora revelado pelas forças especiais da Rússia, que revelaram as últimas palavras de Prokhorenko.
‘O Rambo da Rússia’, de 25 anos, conseguiu localizar um grupo de militares do ISIS antes de se aperceber que estava cercado. Deu as coordenadas para o ataque aéreo e, face às ordens do comandante para procurar refúgio, explicou que não tinha fuga possível: “Despejem [as bombas] agora. Despachem-se”.
“Estou cercado, eles estão à minha volta. Não quero que me aprisionem para me exibirem numa parada. ‘Despejem o inferno’, não deixem que eles gozem comigo e com o nosso uniforme”, insistiu.
Ao despedir-se do comandante e da vida, Alexander Prokhorenko deixou um pedido comovente: “Quero morrer com dignidade e levar estes bastardos todos comigo. Cumpram a minha última vontade e lancem o ataque, eles vão matar-me de qualquer maneira. Cheguei ao fim, comandante, obrigado. Diga à minha família e ao país que eu os amo. Diga que eu fui bravo e lutei enquanto pude”.
