Está tudo a postos para a jornada portuguesa do Campeonato do Mundo de Ralicross, que terá lugar no próximo fim-de-semana em Montalegre. Um evento que vai reunir os melhores pilotos da especialidade, nomeadamente o ex-.WRC Petter Solberg e o antigo piloto de F1 Jacques Villeneuve.
O norueguês está bastante entusiasmado para o arranque da nova época e diz-se preparado “para correr em Portugal”, tendo melhorando as infraestruturas da sua equipa e a preparação do Citroën DS3 que vai tripular.
“A equipa está muito motivada e estivemos a testar dois dias em França no último fim-de-semana, com o objetivo de encontrar as melhores sensações com o carro e com os pneus”, assume o norueguês.
“No ano passado tivemos problemas de fiabilidade, sobretudo na primeira metade da época. Depois, mais para o final do ano, foram resolvidos. Por isso trabalhamos durante o Inverno para melhorar o carro, nomeadamente em termos de suspensões e motor, pelo que acredito poder lutar pela vitória sem receios”, acrescenta Solberg.
Já Jacques Villeneuve, que tripula um Peugeot 207, está ciente de que se trata um novo desafio, mas mostra-se motivado e sublinha: “O ralicross está em crescimento enquanto outras disciplinas estºao em declínio. Além disso proporciona provas rápidas e excitantes, o que é bom para os fãs, que já não têm paciência para continuarem a ver corridas de três horas”.
O canadiano, campeão do mundo de F1 de 1997 refere ainda que depois da sua carreira nos monolugares quer apenas guiar, e que o ralicross “é como voltar às raízes das corridas”.
“Tratando-se de um campeonato do Mundo é uma grande competição e muito profissional. Pois a perceção exterior até agora era de que o ralicross não passava de um grupo de malucos a alterarem os seus carros nas garagens”, prossegue o canadiano.
“Os carros são bastante reativos às afinações e podemos trabalhá-los à moda antiga. É preciso perceber o que resulta utilizando o banco e o que se tem entre as orelhas. É do que gosto quando vou correr, mas que desapareceu durante os meus tempos de F1”, acrescenta Jacques Villeneuve.