E logo nos troços da manhã deste sábado se percebeu isso, quando Jari-Matti Latavala foi o mais rápido e acabou por roubar a segunda posição a Hirvonen, cuja preocupação passou a ser dar o maior número de pontos à Citroën e esperando por algum azar dos dois pilotos da Citroën para poder ir mais além do que o pódio.
Apesar de debilitado fisicamente por um vírus contraído no Rali do México, Ogier procurou responder ao forte andamento de Latvala e aumentar a sua vantagem na dianteira do rali ao impor-se nas classificativas da tarde. Objetivo plenamente antigido, já que o francês regressou ao Estádio do Algarve – base nevrálgica da prova – com mais de meio minuto de vantagem sobre o seu companheiro de equipa.
Longe dos três pilotos da frente, Mads Ostberg deu nas vistas neste segundo dia. O norueguês da Qatar M-Sport, regressado à prova por via da regra supe-rali, assinou excelentes tempos, dando a ideia que se não tivesse capotado o seu Ford Focus WRC na véspera poderia ter estado, pelo menos, na discussão pelo pódio.
Assim o vencedor do Rali de Portugal do ano passado limitou-se a uma recuperação que dificilmente o levará a um top dez final, mas que lhe pode proporcionar alguns pontos se for rápido na ‘power stage’ que no domingo encerra a prova.
Mas a exibição de Ostberg não chegou para compensar a M-Sport da perda de Thierry Neuville, que ficou fora de prova na primeira classificativa deste segundo dia. Isto apesar da equipa liderada por Malcom Wilson ter Evgeny Novikov na quarta posição, já a mais de quatro minutos do líder, mas ao abrigo de um possível ataque de Andreas Mikkelsen.
O norueguês da Volkswagen recuperou parte do atraso sofrido no primeiro dia, devido a uma avaria na direção assistida do terceiro Polo R WRC oficial, e conseguiu sem aparente dificuldade terminar esta segunda tirada no sexto posto a pouco mais de um minuto da quinta posição ocupada por Nasser Al-Attiyah. O que deixa o piloto do Qatar como um alvo para Mikkelsen na derradeira jornada da prova.
A tirada ficou ainda marcada por outras desistências importantes, como Robert Kubica, que depois de regressar ao abrigo do super-rali foi forçado a retirar-se com a caixa de velocidades do seu Citroën DS3 RCC partida.
Partido ficou também o chassis do Mitsubishi Lancer de Ricardo Moura, causando o abandono do piloto açoriano, que assim deixou de ser o melhor piloto português em prova.
O melhor português passou a ser Manuel Jorge Barbosa, também aos comandos de um Mitsubishi, que tem Bruno Magalhães a menos de um minuto. O piloto do Peugeot 207 S2000 regressou à prova ao abrigo do super-rali, depois dos problemas de alternador sentidos na véspera, e poder salvar ainda a sua presença no evento.
Classificação após a 11.ª especial
1.º Sebastien Ogier/Julien Ingrassia (VW Polo R WRC) 2h36m55,1s
2.º Jari-Matti Latvala/Mika Anttila (VW Polo R WRC) + 34,8 s
3.º Mikko Hirvonen/Jatmo Lethtinen (Citron DS3 WRC) + 1m08,5s
4.º Evgeny Novikov/Ilka Minor (Ford Fiesta RS WRC) + 4m23,9s
5.º Nasser Al-Attiyah/Giovanni Bernancchini (Ford Fiesta RS WRC) + 6m19,2s
6.º Andreas Mikkelsen/Marko Markkula (VW Polo R WRC) + 7m22,3s
7.º Dennis Kuipers/Robert Buysmans (Ford Fiesta RS WRC) + 8m29,0s
8.º Esapekka Lappi/Juha Ferm (Skoda Fabia S2000) + 10m49,3s
9.º Khaled Al Qassimi/Sean Martin (Citroen DS3 WRC) + 11m09,9s
10.º Martin Prokop/Maciek Ernst (Ford Fiesta RS WRC) + 11m10,0s
11.º Sepp Wiegand/Frank Christian (Fabia S2000) + 14m19,1s
12.º Mads Ostberg/Jonas Andersson (Ford Fiesta RS WRC) + 14m37,9s
…
19.º Miguel J. Barbosa/António Silva (Mitsubishi Lancer Evo IX) + 23m37,2s
20.º Bruno Magalgães/Nuno R. da Silva (Peugeot 207 S2000) + 24m25,8s
