Hélder Rodrigues encara a sua participação no próximo Rali Dakar com objetivos muito concretos, procurando melhorar o seu resultado na edição anterior da prova ‘rainha’ do todo-o-terreno mundial.

A preparação deste rali foi meticuloso e incluiu deslocações à sede da Honda no Japão, onde o piloto português trabalhou bastante no desenvolvimento da moto. “Foi dada muita atenção a pormenores como as dimensões do chassis, o depósito ou o posicionamento do motor. Coisas que sugeri, depois de no ano passado terem tido muita dificuldade em implementar as alterações que desejava”, conta.

“Já nos ralis no Norte de África senti a moto mais competitiva e mais rápida. Por isso estou mais confiante naquilo que pode fazer. Claro que o Dakar se mantivesse no Peru seria  melhor para nós, pois costumo ser melhor em etapas com muitas areias”, explicou.

No ano passado Hélder Rodrigues não teve a estreia desejada pela Honda na prova sul-americana, mas acredita que é possível pensar num resultado entre os primeiros, melhorando o desempenho conseguido na edição de 2013.

“Tenho sempre de pensar em fazer melhor do que no ano passado, onde a Honda CRF Honda Rally denotou problemas de juventude. Já foi bom termos terminado a prova. Agora quero voltar a lutar pelos primeiros lugares, atacando desde início mas sem correr riscos”, assume o piloto de Almargem do Bispo.

Hélder Rodrigues admite que a concorrência é forte, mas que também tem argumentos: “Há três pilotos muito fortes, mas os nossos cinco podem lutar pelas posições cimeiras. Não serei o primeiro piloto da equipa, mas contribui mais para o desenvolvimento da moto”.

“Temos pilotos de topo. Não apenas eu, mas também o Paulo Gonçalves e o Joan Barreda Bort. Depois há Ciryl Després o Marc Coma ou o Sam Sunderland num conjunto de 15 pilotos que podem lutar pelo top cinco”, considera o piloto português.