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Bielorrússia reelege Lukashenko, o “último ditador” europeu

Pela quinta vez, Alexander Lukashenko venceu as eleições. O Presidente da Bielorrússia, famoso por ser “o último ditador” num país europeu, recolheu 83 por cento dos votos, numas eleições com uma duvidosa afluência de 87 por cento. O principal adversário teve cinco por cento.

É o quinto mandato: como era esperado, Alexander Lukashenko, mais famoso como “o último ditador” de um país europeu, foi reeleito Presidente da Bielorrússia.

No poder há 21 anos, Lukashenko conseguiu recolher 83 por cento dos votos, enquanto o principal adversário teve de contentar-se com cinco por cento.

Tudo isto se passou numas eleições que tiveram uma afluência de 87 por cento, apesar de quem esteve nas mesas de voto ter visto pouca gente…

“A comissão eleitoral inventou os resultados como queria, mas estou especialmente impressionado com a afluência divulgada, uma vez que metade das assembleias de voto estava vazia”, ironizou Anatoly Lebedko, considerado o líder da verdadeira oposição.

Se é verdade que o segundo candidato mais votado se ficou pelos cinco por cento, também o é que Alexander Lukashenko não teve grandes rivais pelo caminho. Afinal, a maioria dos opositores recusou comparecer e assim ‘avalizar’ a legalidade do ato eleitoral.

Legais ou não, as eleições confirmaram o esperado e Alexander Lukashenko voltou a ser reeleito, apesar ser classificado nos bastidores diplomáticos do velho continente como “o último ditador” na Europa. Mas esse pode ser o verdadeiro trunfo do Presidente…

‘Encravada’ entre uma União Europeia em contínuo crescimento (e já vão 28 no ‘clube’) e uma Rússia saudosista da velha glória soviética, a Bielorrússia olha para a vizinha Ucrânia e teme ser o novo palco dos grandes jogos geopolíticos.

Indiferente às críticas que chegam da ‘Europa’, a população votou a favor de Lukashenko (sem esquecer que não ‘teve’ adversário), um antigo diretor administrativo de explorações agrícolas que tanto pisca o olho a Moscovo como a Bruxelas, ao ponto da Bielorrússia se ter oferecido para mediar o conflito na Ucrânia, numa iniciativa que culminou com o famoso Acordo de Minsk.

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