De acordo com um artigo publicado ontem na edição online da revista ‘Financial Times’, Portugal tem vindo a recuperar financeiramente nas “sombras”, ao contrário da Grécia, que tem sido vaiada, e ainda da Irlanda, a qual é aplaudida.
A revista de cariz financeiro publicou um artigo intitulado “algumas razões para um otimismo cauteloso”, no qual abordava a situação económica portuguesa.
No artigo constava uma citação de Peter Weiss, da direção-geral de Assuntos Económicos e Monetários da Comissão Europeia, a par da terceira avaliação da troika, que dizia que “o Governo não pode fazer mais”.
Iniciada no dia de ontem a quinta revisão da troika ao nosso país, os pontos fulcrais debatidos foram o défice de 2012 e o Orçamento de Estado para 2013.
Olli Rehn, comissário europeu dos Assuntos Económicos, quando questionado sobre a flexibilização do programa português face às finanças públicas, indicou que a troika “nada tem a dizer sobre a flexibilização ou qualquer outra especulação em torno do desfecho da missão da troika” e que os temas debatidos irão incluir “as medidas necessárias para alcançar as metas do programa”.
A meta orçamental para este ano, com 4,5 por cento do PIB, não será possível cumprir, devido a um desvio persistente nas receitas fiscais, detetado pelo Estado.
O problema será debatido pela troika e Governo, tentando achar medidas de resolução deste, aumentando a meta para o défice ou ainda aplicando medidas extra.
Conforme o memorando, a próxima tranche deverá ultrapassar os 4300 milhões de euros, sendo que cada tranche depende inteiramente do resultado positivo de cada revisão.
O processo de revisão é trimestral e está previsto no memorando, segundo o qual a troika concedeu 78 milhões de euros.
Nas revisões anteriores, Portugal apresentou resultados satisfatórios com os progressos feitos pelo Governo.