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“Quero que o Benfica tenha um título europeu”, assume Vieira

A segunda parte da entrevista da BTV ao ‘dono’, Luís Filipe Vieira, pouco variou da anterior. O presidente do Benfica elogiou a formação e falou de treinadores, até que finalmente foi confrontado com algo polémico: a Assembleia Geral das “cadeiras pelo ar”.

Luís Filipe Vieira começou por desvalorizar as críticas à formação do plantel: “Não vale a pena. Não me conhecem”. “Se o Mitroglou estivesse cá estava toda a gente a criticar, ‘como é que era possível ter dois pontas de lança'”, acrescentou.

E eis que começam a chegar os temas quentes, como a prestação desportiva do Benfica: “Quando não ganhamos, ninguém está satisfeito. Na Liga dos Campeões estamos a fazer uma má prestação, não vale a pena esconder. Em relação ao campeonato, continuamos na luta. Se o video-árbitro fosse infalível estaríamos mais perto do FC Porto. Se fosse infalível”.

O penta ainda é possível? “Alguém pensava que íamos perder ao Bessa? Ninguém pensava. (…) O nosso mau momento já passou, os outros também irão ter um mau momento. Dezembro e janeiro são importantes, vamos continuar a lutar, no futebol não há nada irrecuperável. Mas também não há nada ganho, é jogo a jogo”, respondeu Luís Filipe Vieira.

Depois de elogiar Rui Vitória, que tem “mais dois anos e meio de contrato e irá cumpri-los”, o presidente do Benfica aproveitou para salientar que “não somos comandados de fora para dentro”.

De novo questionado sobre a formação, Luís Filipe Vieira admitiu que o Benfica poderá voltar a ser campeão europeu, lembrando valores que os encarnados não conseguiram segurar, como Bernardo Silva e João Cancelo. “O Benfica não pode sonhar competir com um Real Madrid ou um Barcelona se não for pela via do próprio produto, formar jogadores”, insistiu: “Quero que o Benfica tenha um título europeu. (…) Sonhem como eu, nós iremos ser campeões europeus”.

Após nova referência a Bernardo Silva, Vieira aproveitou para garantir que o médio “não tem a porta fechada”, contrariando o email revelado por um dirigente do FC Porto. Tal como Nuno Gomes, a nível diretivo.

A propósito das críticas de Rui Gomes da Silva, antigo vice-presidente do Benfica, o presidente admitiu que “num ou noutro caso fiquei surpreendido”, mas antes insistiu num “esclarecimento”, a propósito dos programas de comentário desportivo: “Nunca indiquei ninguém para esses programas, nunca mandei mensagens para ninguém, queria deixar isso bem esclarecido”.

E eis que chega uma pergunta polémica: a análise da Assembleia em que houve “cadeiras pelo ar”: “Tirando a cadeira, que não devia ter existido, foi uma Assembleia à Benfica. Não posso ter a unanimidade, mas há maneiras de criticar. Houve ali atitudes de pessoas para o achincalhamento. (…) As pessoas ainda estavam com os 5-0 [de Basileia] na cabeça, havia motivos para estarem descontentes, mas não para algumas atitudes que tiveram”.

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