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Quer procurar emprego? Esqueça o envio de currículos

Nas últimas décadas, a procura de emprego implicava, necessariamente, o envio do currículo. Carolyn Magnani, consultora de carreiras na Université de Lausanne, na Suíça, sugere que se acabe com esse paradigma e que utilizem novas ferramentas que permitam estabelecer contactos.

Está à procura de emprego e privilegia o envio currículos? Está com certeza a perder o seu tempo. E, provavelmente, o emprego que procura.

Enviar currículos para diversas empresas ficar à espera de uma resposta é um método ineficaz. Ainda assim, ainda há uma grande maioria de pessoas que continuam a seguir esta prática com décadas.

Carolyn Magnani, consultora de carreiras na Université de Lausanne, na Suíça, sugere que se mude de paradigma e que se eliminem essas técnicas ‘arcaicas’, até porque há novas ferramentas bem mais eficazes.

O segredo, de acordo com aquela especialista, é criar uma boa rede de contatos para, a partir daí, chegar às empresas que interessam.

“A maioria das pessoas dedica 80 por cento do seu tempo a procurar ofertas de trabalho e a enviar o seu currículo. Os restantes 20 por cento fazem contactos. O que funciona é exatamente o contrário”, salienta Carolyn Magnani, em declarações ao El País.

Existem, atualmente, inúmeras ferramentas essenciais, tendo em vista chegar às pessoas certas. O Linkedin e outras plataformas do género – com ferramentas de auxílio como o Skype.

No Linkedin, é possível estabelecer um contacto com pessoas que trabalham em empresas que interessam ao candidato.

“E não se trata de abordar o CEO – sublinha Carolyn Magnani – mas sim perfis semelhantes ao do recém-licenciado. Se se contactar dez, pelo menos dois responderão”, insiste.

Ao mesmo tempo, quem procura emprego não deve ter vergonha de o revelar, abertamente, sem vergonha. “Ao contrário do que se possa pensar, quanto maior for o número de pessoas que saibam que procuram emprego, mais rapidamente as vão recomendar”, destaca Magnani, àquele diário espanhol.

Num post publicado no Linkedin, sobre esta temática, Rich Grant, conselheiro de carreira na Southern New Hampshire University nos EUA, destaca que o mercado de trabalho carece de “um código de acesso”.

“O trabalho está lá, você conhece a descrição do trabalho, envia um e-mail com o seu currículo e quase pode sentir o cheiro do escritório. Mas hoje as portas do mercado de trabalho só se abrem com um código. Qual é o código? As pessoas, a sua rede. Você tem que encontrar alguém por trás da parede. As empresas contratam pessoas, não papel”, destaca.

Na derradeira etapa para a conquista do posto de trabalho, está a entrevista – que, já se sabe, tem de ser bem preparada.

Emprego_900

E voltamos a Carolyn Magnani. Não é suficiente um bom percurso académico.

“As aptidões conquistadas fora das universidades representam 90 por cento do que vai acontecer na entrevista. As pessoas têm de ser capazes de projetar quem são. Os candidatos não se conhecem a si mesmos, porque o sistema de ensino não lho ensinou. E não sabem como construir o seu discurso”, assinala.

Os recém-formados têm muita dificuldade em responder a perguntas simples, como “O que te preocupa?”.

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