O ministro da Defesa português disse hoje, em Paris, desconhecer qualquer iniciativa para desenvolver um exército europeu, referindo que quem o quiser inventar “tem de inventar dinheiro para o pagar”.
“Portugal foi claro quando aderiu à PESC [Política Externa e de Segurança Comum] por não ser um embrião de um exército europeu. Continua a ser essa a nossa posição e não temos conhecimento da constituição de nenhum exército europeu”, disse à agência Lusa o ministro da Defesa Nacional, à margem da primeira reunião com os seus homólogos de dez países sobre a Iniciativa Europeia de Intervenção.
“Nós hoje sublinhámos que entendemos que esta Iniciativa [Europeia de Intervenção] não conduzirá a um exército europeu e queremos que seja claro que não há pretensão desse tipo”, garantiu João Gomes Cravinho, referindo que a própria ministra da Defesa francesa, Florence Parly, que lidera esta iniciativa, a considerou como um complemento ao que já é feito na NATO e na União Europeia através de diferentes mecanismos.
A Iniciativa Europeia de Intervenção é liderada pela França, tendo como missão criar uma cultura partilhada de defesa, desenvolver o pragmatismo operacional e a cooperação entre Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Países Baixos, Portugal e Reino Unido.
Quanto aos possíveis custos de um exército europeu, o ministro referiu apenas que “quem quiser inventar um exército europeu tem de inventar dinheiro para o pagar”.
João Gomes Cravinho reconheceu, no entanto, que o panorama geoestratégico está a mudar e que Portugal está interessado em todas as iniciativas de Defesa que tenham “a ver com a Europa, o Atlântico e África”.
“Nós temos uma geografia própria e isso faz com que estejamos interessados em tudo o que tenha a ver com Europa, Atlântico e África”, declarou, ampliando as possibilidades de cooperação num momento em que os Estados Unidos da América estão a recuar no âmbito da Defesa.
Segundo João Gomes Cravinho, “os EUA têm exortado os europeus a assumir mais responsabilidade na sua própria defesa”.
“Estamos a participar em processos dentro da NATO e União Europeia que correspondem a essa ambição, mas também há circunstâncias interessantes fora da NATO, como, por exemplo, nas Nações Unidas, concretamente na missão na República Centro-Africana”, afirmou.
Na terça-feira, o Presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu a criação de um exército comum europeu argumentando que “será a única forma” de o bloco se proteger de ameaças, sobretudo de Leste.
“Não poderemos proteger os europeus se não decidirmos ter um verdadeiro exército europeu. Face à Rússia, que está junto às nossas fronteiras e que já mostrou que pode ser uma ameaça (…) nós devemos ter uma Europa que se defende sem depender unicamente dos Estados Unidos e de uma forma soberana”, disse Macron numa entrevista que está a ser difundida hoje pela estação Europe 1.
Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…
Leonardo da Vinci recorda-se a 2 de maio, dia da morte do maior génio da…
O relatório Threat Landscape Report, da S21sec, garante que os atacantes adaptaram as suas técnicas…
Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 30 de…
Joana Bento Rodrigues - Ortopedista /Membro da Direção da SPOT A modalidade de Pilates foi…
A propósito do Dia do Trabalhador conheça os maiores erros de ética empresarial Quando os…