Não interprete mal este estudo: partilhar fotografias no Facebook não faz de si neurótico. No entanto, segundo investigadores da Universidade de Wolverhampton, as pessoas com aquele distúrbio, vulneráveis a stress e ansiedade, publicam mais fotos do que quem não tem o problema. Um detalhe: os extrovertidos também publicam mais imagens, mas de forma diferente. E nada têm de neuróticos.

Um estudo levado a cabo naquela universidade inglesa permitiu distinguir comportamentos de pessoas relativamente ao Facebook e perceber que há uma caraterística comum nos neuróticos e nos extrovertidos: publicam mais fotografias na rede social.

A pesquisa (publicada na Computers in Human Behavior) teve como objetivo perceber os comportamento dos utilizadores do Facebook.

E concluiu que as pessoas neuróticas tendem a mostrar mais fotografias, como modo de compensar a ausência de capacidade social, ou as dificuldades em contruir relacionamentos.

Para fazer este trabalho, os investigadores analisaram a personalidade de 100 pessoas, com idades compreendidas entre os 17 e os 55 anos, sendo a maioria mulheres. Depois de obtida essa informação, verificaram como se comportavam no Facebook.

De todas, são os neuróticos que mais publicaram imagem. Depois, surgem as pessoas extrovertidas. No entanto, estas partilham muitas fotos na rede social porque têm mais hábito de mudar imagem ou a capa do perfil.

Já as neuróticas sentem mais necessidade de fazer álbuns de fotografia, por exemplo. Azar Eftekhar, autora do estudo, explica que este comportamento resulta de uma procura da “aprovação social”, que estas pessoas precisam, porque normalmente não são boas a comunicar e são pouco populares.

“Eles procuram a aceitação social através de publicações intensivas, para parecerem mais populares ou atrativos, e para se mostrarem atualizados com a cultura popular”, sustenta Azar Eftekhar.

Por outro lado, as pessoas mais ponderadas usam o Facebook de forma diferente. Recorrem mais ao vídeo e aos editores de imagem.